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quarta-feira, 6 de dezembro de 2017

Leminski do Dia

em mim
eu vejo o outro
e outro
e outro
enfim dezenas
trens passando
vagões cheios de gente
centenas

o outro
que há em mim
é você
você
e você

assim como
eu estou em você
eu estou nele
em nós
e só quando
estamos em nós
estamos em paz
mesmo que estejamos a sós

quinta-feira, 22 de junho de 2017

Leminski do Dia



            Aos 17 anos todo mundo é poeta, junto com as espinhas da cara, todo mundo faz poesia. Homem, mulher, todo mundo têm seu caderninho lá dentro da gaveta, e têm os seus versinhos que depois ele joga fora ou guarda como mera curiosidade. Ser poeta aos 17 anos é fácil, eu quero ver alguém continuar acreditando em poesia aos 22 anos, aos 25 anos, aos 28 anos, aos 32 anos, aos 35 anos, aos 40 anos, eu estou com 41, aos 45 anos, aos 50, aos 60 anos, até você encontrar um poeta, por exemplo, como Drummond ou como o admirável Mário Quintana que são poetas que estão fazendo poesia há mais de 60 anos e há mais de 60 anos que a poesia é o assunto deles. Então eu acho que 90%, mais! 99% dos poetas que estão fazendo poesia hoje, daqui a dez anos eles vão estar fazendo outra coisa, porque vem a vida, vem os filhos, vem preocupações com dinheiro, vem as ambições do consumo, vem a necessidade de comprar isso, comprar aquilo, de adquirir uma casa na praia e tal, e tudo começa a se tornar mais importante do que a poesia. A poesia é uma espécie de heroísmo, você continuar ao longo dos anos acreditando nessa coisa inútil que é a pura beleza da linguagem, que é a poesia, é um heroísmo, é uma modalidade quase, às vezes eu gostaria de acreditar, de santidade. É uma espécie de santidade da linguagem. Porque a poesia não vai te fazer rico de jeito nenhum, é muito mais fácil você abrir uma banquinha e vender banana do que fazer poesia. Quer dizer, para você continuar acreditando em poesia é preciso muita santidade.



Paulo Leminski em Ervilha da Fantasia

quarta-feira, 7 de junho de 2017

Leminski do Dia 28 anos sem o Poeta


Quem acompanha minha vida e também esse espaço sabe da importância que Paulo Leminski tem e teve nos meus dias. É sim o meu predileto e hoje dia que se completam 28 anos da partida deste gênio, fica aqui minha homenagem a um cara que foi o Cara do seu tempo. Ao Universo agradeço por tê-lo conhecido: ainda jovem como office-boy do Jornal Industria e Comércio eu levava os convites do prêmio Colunistas do finado Ney Alves de Souza por todas as empresas de comunicação de Curitiba e certa vez o encontrei no Correio de Notícias...esse dia existe até hoje na minha memória.
Anos depois fiz dois cursos de Hai Kai com Alice Ruiz sua companheira, vale lembrar que eu ja havia trabalhado coma Estrela , filha mais velha na CNT. 
Por tudo isso e muito mais: 

NÃO DISCUTO COM O DESTINO, 
O QUE PINTAR EU ASSINO

quinta-feira, 9 de março de 2017

Leminski do Dia

Dedicado ao querido James Alberti


meus amigos
quando me dão a mão
sempre deixam outra coisa
presença
olhar
lembrança
calor
meus amigos
quando me dão
deixam na minha
a sua mão.

segunda-feira, 30 de janeiro de 2017

Leminski do Dia

 
 "quando eu vi você
tive uma idéia brilhante
foi como se eu olhasse
de dentro de um diamante
e meu olho ganhasse
mil faces num só instante

basta um instante
e você tem amor bastante"