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sexta-feira, 21 de janeiro de 2022

Texto para Elza


por Chico Buarque de Holanda


“Se acaso você chegasse a um bairro residencial de Roma e desse com uma pelada de meninos brasileiros no meio da rua, não teria dúvida: ali morava Elza Soares com Garrincha, mais uma penca de filhos e afilhados trazidos do Rio em 1969. Aplaudida de pé no Teatro Sistina, dias mais tarde Elza alugou um apartamento na cidade e foi ficando, ficando e ficando.


Se acaso você chegasse ao Teatro Record em 1968 e fosse apresentado a Elza Soares, ficaria mudo. E ficaria besta quando ela soltasse uma gargalhada e cantasse assim: “Elza desatinou, viu”.


Se acaso você chegasse a Londres em 1999 e visse Elza Soares entrar no Royal Albert Hall em cadeira de rodas, não acreditaria que ela pudesse subir ao palco. Subiu e sambou “de maillot apertadíssimo e semi-transparente”, nas palavras de um jornalista português.


Se acaso você chegasse ao Canecão em 2002 e visse Elza Soares cantar que a carne mais barata do mercado é a carne negra, ficaria arrepiado. Tanto quanto anos antes, ao ouvi-la em Língua com Caetano.

Se acaso você chegasse a uma estação de metrô em Paris e ouvisse alguém às suas costas cantar Elza desatinou, pensaria que estava sonhando. Mas era Elza Soares nos anos 80, apresentando seu jovem manager e os novos olhos cor de esmeralda.


Se acaso você chegasse a 1959 e ouvisse no rádio aquela voz cantando Se acaso você chegasse, saberia que nunca houve nem haverá no mundo uma mulher como Elza Soares”.

Elza Soares!

 "Há sempre um vazio que a gente não consegue preencher e talvez seja essa mesma a razão da nossa existência."


segunda-feira, 29 de julho de 2019

Lupicínio Rodrigues Vive!

O espetáculo ELZA CANTA E CHORA LUPI foi idealizado por Elza Soares e Glauber Amaral para homenagear o grande compositor e amigo Lupicínio Rodrigues no ano de seu centenário. O registro histórico deste show foi gravado ao vivo no Theatro São Pedro em dezembro de 2014, com Direção Geral de Rene Goya Filho. Elza revive o universo de Lupicínio Rodrigues num espetáculo com clima noir, concebido pela Diretora Artística Carla Joner. A sonoridade contemporânea é apresentada pela jovem banda formada por Antônio Neves (bateria), Gabriel Ballesté (guitarra), Ganriel Menezes (baixo), Danilo Andrade (piano e teclado), com Arranjos e Direção Musical de Eduardo neves (sax e flauta).