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domingo, 26 de outubro de 2025

Sergio Alarcon na forquilha

Lula está certo - ainda que sua formulação tenha sido mal recebida num ambiente dominado pela histeria punitivista. Embora seu comentário sobre traficantes como “também vítimas dos usuários” seja formalmente um argumento equívoco (traficantes não são exatamente vítimas de usuários), ele tem todo sentido dentro de uma maneira de pensar mais ampla sobre a economia global da droga e suas assimetrias.

O que chamamos de “traficante” é, na verdade, apenas o trabalhador do varejo do mercado ilegal - aquele que morre nas “guerras urbanas”, que enfrenta o BOPE sem camisa e de chinelo no pé. É o elo mais fraco de uma cadeia produtiva que reproduz, com brutal clareza, a estrutura do capitalismo dependente.

Ele é o operário precarizado da economia ilícita, o corpo descartável sobre o qual se ergue o lucro dos verdadeiros donos do negócio: os financistas, os empresários da lavagem, os políticos e policiais corrompidos que fazem o sistema girar.

Metade do Congresso que o bozismo elegeu tem alguma ligação com esse mercado - direta ou indireta - e dele depende para manter relevância econômica e peso político.

A “guerra às drogas” é o nome moral que o Estado dá à gestão desses corpos descartáveis. O poder moderno não se define mais apenas por quem vive ou morre, mas por quem pode ser morto sem escândalo. O jovem negro, periférico, envolvido no tráfico, é o exemplo mais cruel dessa necropolítica tropical: uma vida matável, morte administrável por uma contabilidade macabra feita em lugares como a Faria Lima.

Enquanto isso, o capitalista - o dono dos meios de produção desse mercado - vive tranquilo, em Alphaville, Leblon ou Miami, multiplicando seus lucros em dólares. É ele quem financia políticos como Jair e Tarcísio, ou o inexpressivo governador do Rio cujo nome nem lembro. Representantes de um moralismo que condena e mata o pobre delinquente e deixa nas sombras aquele que o seduz e contrata para a delinquência e para seu lucro insano. O bozismo é, sempre foi, nesse sentido, o braço político da milícia e do narcocapitalismo: a versão institucional da violência privatizada.

O tráfico e a milícia são, afinal, a mesma engrenagem - duas faces do mesmo mercado de controle territorial e acumulação primitiva. Um vende pó, outro vende segurança, mas também vende pó. Ambos produzem morte e lucro. E ambos servem a um mesmo senhor: o capital.

Por isso, o que Lula disse - e que tanto escandaliza as elites morais - é simplesmente o óbvio: o traficante do varejo não é o inimigo ontológico do Estado, mas seu produto histórico. A formulação correta e que escapou à Lula seria: “os traficantes do varejo são tão vitimas do mercado ilegal quanto os usuários, os consumidores desse mercado”… Vitimas do mercado ilegal cujo dono dos meios de produção não está nas favelas e periferias. E que nunca é pego pelas operações policiais.

Na verdade, toda a América Latina é vítima de uma economia mundial que precisa do tráfico para produzir cadáveres nos países latinos, controlá-los por dentro pelo ódio, pelo medo, pelo apartheid moral, e lhes impor políticas cada vez mais antipovo - tudo para facilitar o saque de suas riquezas.

É curioso que a chamada “guerra às drogas” só exista como guerrilha armada nos países do Sul Global, enquanto as nações que mais consomem drogas - Estados Unidos e Europa - jamais conheceram o equivalente das nossas balas perdidas.

Mais curioso ainda é ver Donald Trump assassinar pessoas no mar do Caribe, em águas internacionais, apenas com a alegação unilateral - sem julgamento, sem provas - de que seriam “traficantes”. E fazê-lo sem jamais ser chamado de terrorista.

Na visão de Trump, os “traficantes” e “bandidos” somos nós, latino-americanos. Eles, os grandes consumidores, seriam apenas pobres vítimas do vício - cidadãos enganados por nossa “barbárie tropical”. E o mais trágico é que muitos de nós, aqui mesmo, nos nossos países, batemos palmas para esse delírio colonial, repetindo o discurso do opressor como se fosse sabedoria moral.

Por isso digo e repito: Lula está certo!

quarta-feira, 22 de janeiro de 2025

Pra quem defende o bandido do chupetinha by Sérgio Alarcon

Os jornais que tradicionalmente defendem os interesses da elite brasileira decidiram aliviar para o Deputado Nicolas, conhecido como Chupetinha. Acabei de ler uma colunista da Folha argumentar que ele não cometeu crimes, que tudo não passou de “uma sátira”.

Será?

Vamos aos fatos…

A campanha de Chupetinha tinha um objetivo claro: prejudicar a credibilidade de instituições públicas e gerar desconfiança no sistema Pix para atingir o atual governo. 
Isso não parece ser questão de dúvida. Com base nisso, podemos analisar a conduta dele em diferentes aspectos jurídicos.

Conversei com um amigo jurista, e ele listou os principais crimes que poderiam se aplicar à situação:

1. Crime contra a economia popular (Lei nº 1.521/51)

A campanha de Chupeta contra as medidas da RF pode se enquadrar no artigo 2º dessa lei, que considera crime:
“Obter ou tentar obter ganhos ilícitos em prejuízo do povo ou de um grande número de pessoas, usando especulações ou processos fraudulentos.”

Se a PGR, o Ministério Público e a Polícia Federal investigarem o caso e conseguirem provar que Chupetinha cometeu fraude para desestimular o uso do Pix e causar prejuízos econômicos à sociedade, isso configura crime contra a economia popular.

2. Atentado contra o sistema financeiro nacional (Lei nº 7.492/86)

O artigo 3º da lei prevê punição para quem, de forma intencional (dolo), causa danos ao funcionamento de instituições financeiras públicas ou privadas. O ataque mentiroso contra a RF e o Pix apenas seriam considerados uma vitória para Chupeta e aliados justamente ao produzir danos no sistema. O recuo governamental foi uma forma de reduzir esses danos. 

3. Associação criminosa (art. 288 do Código Penal)

Se a campanha foi planejada por um grupo, com o objetivo de espalhar desinformação para obter vantagens políticas, econômicas ou sociais, pode ser considerado associação criminosa.

Nesse caso, sabemos que o deputado Chupetinha é figura importante na organização criminosa ligada ao Jair, atuando como um de seus principais propagandistas, e que essa orcrim recebe financiamento pesado. É o caso aqui de “seguir o dinheiro”, ou, como se diz na língua dos donos da Meta e do X: “follow the money”.

O Deputado Guilherme Boulos fez bem ao protocolar ação na PGR contra o parlamentar Chupeta, acusando-o de estelionato. A campanha de Nicolas não foi só “uma sátira”. Os impactos poderiam ser mais graves do que foram, como reduzir a confiança no Pix, dificultar a inclusão financeira e aumentar custos para consumidores e empresas. 

Para mim fica claro que há implicações jurídicas. No mínimo Chupetinha precisa ser investigado, como quer Boulos. A imunidade parlamentar não autoriza um Deputado a sabotar o próprio país.

domingo, 23 de janeiro de 2022

Sergio Alarcon na veia

 O panfleto da direita quer q lembremos de como era nos tempo de Lula…

Gostei…
Vamos fazer o povo lembrar!



segunda-feira, 21 de setembro de 2020

Sergio Alarcom Necessário!

 Essa infeliz e o Weintraub são sintomas da possível intervenção estadunidense nas nossas faculdades. Não é possível gente tão despreparada ter tido acesso a carreira universitária - em instituições de prestígio - sem mutreta. São ignorantes cooptados para ajudar no saque ao país!







terça-feira, 25 de agosto de 2020

SergioAlarcon Necessário

Processo disciplinar contra Deltan prescreveu hoje! Depois de 42 adiamentos e de ter sido retirado de pauta mais de 400 vezes. 
Deltan é mais um bandido impune a infestar a república no pós golpe de 16. Está livre para injustiçar qq cidadão por qq uma de suas convicções.