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terça-feira, 20 de fevereiro de 2018

sexta-feira, 29 de setembro de 2017

Parque Bom Retiro

via: A causa mais bonita da cidade

O PLANO DE RAFAEL: "DAR O BOLO" NO PARQUE INTEIRO E - INDO MUITO ALÉM DE SALOMÃO - CORTAR O BEBÊ NÃO EM DOIS, MAS EM TRÊS (!) PEDAÇOS
Texto longo, mas muito relevante. Leia, COMPARTILHE e deixe um comentário mostrando que não aceita esta FALSA solução.
A Causa mais Bonita da Cidade eclodiu há trinta dias e já passou de 5.600 curtidores. E segue crescendo.
Somos de mais de 50 bairros e queremos debater com TODA a cidade o DESTINO URBANÍSTICO CORRETO da área do antigo Hospital Bom Retiro, por entendê-la de utilidade pública. Ali, apenas um parque INTEIRO (SEM HIPERMERCADO NO MEIO) (a) compensará a cidade pelo que foi perdido, em 2012, numa demolição equivocada (fruto de uma falha imperdoável das autoridades municipais de tombamento) e, ao mesmo tempo, (b) representará uma decisão urbanística boa e virtuosa para o futuro de Curitiba.
Há muitos caminhos possíveis, moral e legalmente válidos (e fiscalmente responsáveis) para que TODA a área se torne pública, em um parque que seja mais que um parque, mas um INVESTIMENTO URBANO.
Para isso é preciso INTERROMPER o projeto do Angeloni, sob pena de um fato IRREMEDIÁVEL, que torne INEFICAZ qualquer movimentação cidadã em busca de uma alternativa rumo ao parque.
O Prefeito Rafael Greca ainda não nos convidou para discutir a causa do parque inteiro. Nas redes sociais e em entrevistas à imprensa, ele se diz "simpático" à causa - dada a biografia de Rafael, temos todas as razões para acreditar que é, sim. 
No entanto, Rafael se diz "simpático" à causa sem um REAL enfrentamento do pleito cidadão pela INTEIREZA dos 60.000m2 em um só parque (sem mercado no meio) a qual É POSSÍVEL e pode resultar de uma ação CONCERTADA entre poder público, sociedade, federação e empreendedores, como por exemplo, a solução dada pela Prefeitura de São Paulo no caso do Parque Augusta, que envolveu uma inteligente permuta imobiliária.
Infelizmente, os posicionamentos do Prefeito até agora dão conta de que ele busca a famosa solução "para agradar a todos" (que é a solução que no fim, não agrada NINGUÉM).
Ao invés de mandar cortar o bebê para descobrir a verdadeira mãe - como Salomão - Rafael REALMENTE pretende CORTAR O BEBÊ EM TRÊS PEDAÇOS, embalá-los e entregá-los a cada partícipe deste imbroglio urbanístico. Eis os 3 pedaços:
(1) Um belo pedaço para o Angeloni - contra cujo projeto suspeito na era Fruet, o atual Prefeito diz "nada poder fazer". (2) Um belo pedaço para a Federação Espírita seguir com seus planos de erguer torres corporativas coladas no bosque maior e, ao final, (3) a área de mata (que, para os empreendedores é mais "mico" do que ativo - eles agradecerão se puderem "empurra-lo" para a Prefeitura cuidar) para um já anunciado "Bosque João Turin", muito propalado pelo prefeito (e que, na campanha de 2016, era parte da promessa de um parque INTEIRO).
Ou seja, Rafael divide o bolo em pedaços DESIGUAIS, permitindo amplo desenvolvimento imobiliário a uns (e justamente aqueles que serão PREMIADOS com a DEVASTAÇÃO de nosso patrimônio histórico e imaterial) e com um PRÊMIO DE CONSOLAÇÃO ao conjunto dos cidadãos (as MIGALHAS DA MEMÓRIA, melhor dizendo).
Este DESPEDAÇAMENTO é INACEITÁVEL. Não aceitaremos migalhas, Rafael.
Embora a idéia de um memorial a João Turin - pelo vulto de sua figura e do que poderia representar - não possa ser descartada, é absolutamente claro que esta idéia deveria estar sendo discutido com a comunidade ÀS CLARAS, até para uma melhor harmonização com o histórico cultural espírita da área e a tradição filantrópica e hospitalar da área (mesmo com intenção boa, um projeto com a força de João Turin pode, por exemplo, obliterar a vinculação da área com a biografia de Lins de Vasconcelos, Abib Isfer, João Ghignone e, evidentemente, as incontáveis histórias boas e ruins que cercam o antigo Sanatório - e não podem ser apagadas).
Ademais, temos a certeza de que um memorial a JOÃO TURIN, ali, ficaria AINDA MELHOR sem um hipermercado monstruoso do lado, arruinando a paisagem, a escala do bairro e a memória urbana, [mais] uma mancha em nosso urbanismo.
A intenção de dividir o "bolo" do antigo Hospital Bom Retiro é clara. É a "jogada combinada" de que tratamos, há alguns dias, neste post - RELEIA: https://goo.gl/QaEMyz
Veja o que disse a Federação Espírita à Gazeta do Povo: "a FEP está indo ao encontro do interesse da prefeitura, no sentido de ceder o bosque para a instalação nele do memorial em homenagem a João Turin. Destacou, NO ENTANTO, o desejo de manter a área do terreno localizada FORA DOS LIMITES DO BOSQUE como forma de dar conta das demandas financeiras da instituição". Bingo!
Ora, "manter a área do terreno localizada fora dos limites do bosque" é justamente o projeto de encher de PRÉDIOS, escavações e estacionamentos uma área que possui FAIXAS DE DRENAGEM NÃO EDIFICÁVEL e na qual construções, fundações e subterrâneos afetariam DRAMATICAMENTE nascentes, córregos e relevantes áreas de mata (afinal, se o próprio hipermercado JÁ AS AFETARÁ, que dizer de prédios ainda mais próximos?).
Esta causa cidadã está convencida de que a criatividade e o arrojo inatos de Rafael Greca é que DEVEM SER POSTOS À PROVA, pedindo o parque INTEIRO.
Ao contrário de Fruet, Rafael não é incapaz de fazê-lo.
O Prefeito pode (e deve) liderar a cidade e todos os envolvidos para instalar o Angeloni em outro lugar, compensar a FEP e termos o parque inteiro.
Porém, preocupa-nos enormemente que Rafael Greca, ao invés de buscar alternativas para manter a inteireza dos 60.000m2 - conceda prazos EXÍGUOS e TERMINATIVOS (30 dias) para a FEP aceitar propostas QUE SEQUER ESTÃO SENDO DISCUTIDAS COM A POPULAÇÃO (a não ser pelo confortável método da "entrevista exclusiva"): "Ainda de acordo com o prefeito, foi dado o prazo de cerca de um mês para que a FEP avalie a proposta. “Este terreno não é de propriedade da prefeitura, ele é particular. Estamos tentando construir um desenho. Se não conseguirmos, vamos cumprir a lei, preservar o bosque e fazer o parque [em outro local]”, acrescenta Greca ao lembrar que parte do espaço é de Área de Preservação Permanente (APP), já protegida pelas leis ambientais".
O prefeito acrescenta que o município não deverá desapropriar a área, pois não tem condições econômicas de fazê-lo. De fato, a severa crise fiscal torna a desapropriação o mais difícil dos caminhos. No entanto, a Gazeta do Povo noticia que o prefeito "convidou representantes da Federação Espírita do Paraná (FEP) para um encontro no qual manifestou o desejo de permutá-la “com outras áreas da cidade [ou por potencial construtivo em outros terrenos de propriedade da FEP, dentro do que prevê a legislação]". Se este caminho é possível para fazer uma PARTE do parque ou bosque, ele deve ser possível para fazer o parque INTEIRO. Afinal, se a permuta é possível com a FEP, ela é possível com o ANGELONI também.
Sesalvar o parque inteiro, Rafael dá uma lição planetária de bom urbanismo e PLANEJA A CIDADE viabilizando a instalação do Angeloni em um local mais adequado, por exemplo, perto de vias do setor estrutural ou em um bairro que possa receber o hipermercado como um indutor de desenvolvimento urbano, ao contrário de um bairro já consolidado.
Em resumo, Rafael: ESTA DIVISÃO DE BOLO NÃO SERVE AOS CIDADÃOS. NÃO É SUFICIENTE. Não fatie o bolo, ou a Cidade terá não apenas um Parque pela metade (ou 1/3 dele), mas um prefeito que não foi inteiro, quando o desafio se colocou diante dele. Sabemos que você é capaz. Sabemos que este é um GRANDE TESTE que se coloca diante do Exmo. Sr. Prefeito de Curitiba, para uma gestão realmente revolucionária e que mostre QUEM ESTÁ NO COMANDO de nosso urbanismo - a cidade precisa ver esta liderança, justamente na hora em que ela parece mais impossível.
Não fatie o bolo do #ParqueBomRetiro e nem despedace-o, Sr. Prefeito. Ele vai ser mais saboroso para todos - e por gerações - se estiver INTEIRO. Venha comê-lo conosco. Que tal, este final de semana, no Cosme e Damião no #ParqueBomRetiro?