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segunda-feira, 6 de agosto de 2018

Em Brasília, 19 horas, por Jaques Brand

Opinião pessoal: - Nunca me convenceu o julgamento do ex-presidente Luiz Inácio. Ao contrário, sempre me pareceu enviesado, forçado, com provas dedutivas, tiradas de ilações rebuscadas. O triplex do Guarujá seria dele, se fosse...

Trata-se de uma construção lógica titubeante, da maior fragilidade, sem provas cabais, sem documentos, presente apenas no cérebro nem sempre isento de um Judiciário que tem dado provas inúmeras, múltiplas, de viés claramente político.

Exemplo: a famosa Teoria do Domínio do Fato, responsável por mandar o estadista Zé Dirceu para o xadrez, é totalmente esquecida quando se trata do escândalo multimilionário do Rodo Anel de São Paulo. Se aplicada ao ex-governador Alckmin, estaria este hoje atrás das grades.

Muito além da pessoa hoje detida pela Polícia Federal, é a democracia brasileira que está sob ameaça. O sentimento de flagrante e escancarada injustiça permeia hoje todo o País, como um grande "Se..." que subjaz a toda a Política, compreendida como a arte e a ciência do bem comum.

Não se fala nisso, mas ISSO está presente na mente de todos os brasileiros, sejam os da torcida organizada de extrema-direita, sejam todos os demais cidadãos.

A Oitava Turma do TRF-4 com sede em Porto Alegre nunca me pareceu ter isenção ou objetividade técnica na sentença.

A própria prisão após julgamento por órgão colegiado, vale dizer, em segunda instância, ainda que doutrinariamente se concordasse com ela, o que é altamente duvidoso, pois tornaria inútil a existência do Supremo Tribunal Federal, não vem ao caso.

Lula foi, no máximo, condenado por ... uma instância e meia.

Dadas as relações de estreita amizade e de estreita comunicação entre os membros daquela Oitava turma e o juiz da Terceira Vara, em Curitiba, fica muito difícil afastar a suspeita de JUSTIÇA CORPORATIVA, de julgamento por compadres.

A Oitava Turma do TRF-4 jamais comportou-se como segunda instância no caso concreto. Ao contrário, nunca apresentou qualquer debate a fundo da problematicíssima sentença da instância abaixo.

E mais: o sistemático agravamento das penas já cominadas pela Décima Terceira vara em Curitiba tem todo o jeito de manobra corporativa de reafirmação do poder desta última, espécie de legitimação de um juiz que tem partido tomado pra lá de evidente, com o propósito de apresentá-lo como excessivamente moderado...

Não bastasse o célebre episódio do Vazamento... Não bastasse a triste cena da interrupção das férias e da intervenção da primeira instância no folclórico episódio do desembargador de plantão...

Assistimos, na vida pública brasileira, a um teatro sem qualquer graça, e com riscos imensos de conflagração social. Pior ainda: com o risco de tornar ilegítimo o conjunto das eleições de Outubro.

A conclusão é tristemente clara e nítida. Luiz Inácio, o velho Lula, com seus erros e os seus acertos, é preso político.

Erros políticos sucessivos, como a subestimação do poder de articulação midiático-parlamentar-judicial da velha direita brasileira, que rouba o Brasil desde o Descobrimento, levaram o Velho Torneiro a esta arapuca jurídico-pantomimesca.

A própria generosidade liberal dos governos do Partido dos Trabalhadores, que acreditaram na isenção e competência doutrinária de uma Carmem Lucia, de um Fachin, de uma Rosa Weber, povoando o STF de criaturas tiradas do velho armário conservador, hoje volta-se contra o ex-presidente.

Declaro que não votaria novamente nesta figura extraordinária. Não por acreditar que não mereça o meu modesto voto. Mas por pensar que a hora de Lula passou, como passou a sua política de conciliação com as forças que hoje se configuram como anti-Povo, anti-Soberania, anti-Trabalho, anti-Meio ambiente, em suma as forças todas contrárias ao Brasil independente e justo com que todos sonhamos.

O que não me "desce", o que não posso admitir é que mantenham este brasileiro em prisão escandalosamente injusta.

Lula livre, sim, IMEDIATAMENTE.

segunda-feira, 30 de julho de 2018

Monja budista Monja Coen, missionária oficial da tradição Soto Shu, após visita ao ex-presidente Lula nesta segunda-feira (30).

Frase do dia do nosso presidente. “Como é bom fazer o bem. Se as pessoas soubessem como é bom ser bom, ninguém faria mau”. * *_Lula_*

#LulaLivre Foto / Eduardo Matysiak
 — emAcampamento Lula Livre.





sábado, 28 de julho de 2018

Queria estar no RJ


Artistas, intelectuais e movimentos sociais convocam um dia de festa e luta em defesa da democracia e pela liberdade de Lula, preso político sem uma única prova após um processo marcado por irregularidades e pela clara violação do Estado de Direito. 

Queremos reunir milhares de vozes em um só coro por #LulaLivre

Dia 28 de julho, na cidade do Rio de Janeiro, temos um encontro marcado! Grafite, oficina literária, teatro, DJs, cortejo, Orquestra Voadora e um grande ato-show com:

Abayomy Orquestra
Aíla 
Alba Mariah
Ana Cañas
Beth Carvalho
Bruno Arias
Carlos Negreiros
Cecilia Todd
Chicas
Chico Buarque
Chico César
Claudinho Guimarães
Daniel Téo
Dani Nega e Craca
Dorina
Eduardo Sosa
Fátima Guedes
Flávio Renegado
Franscisco El Hombre
Filippe Catto
Gabriel Moura
Gang 90 & Absurdettes
Gilberto Gil
Gotam Cru
Heavy Baile
Imyra (Taiguara)
Jards Macalé
Lan Lanh
Ligiana Costa
Lyza Milhomem
Manno Goes
Marcos Lucenna
Maria Rivero
MC Carol
Mombaça
Não Recomendados
Noca da Portela
Odair José
Realidade Negra Rap Quilombola
Sérgio Ricardo
Sérgio Santos
Tomaz Miranda

quinta-feira, 19 de julho de 2018

Leitura Obrigatória

Estou preso há mais de cem dias. Lá fora o desemprego aumenta, mais pais e mães não têm como sustentar suas famílias, e uma política absurda de preço dos combustíveis causou uma greve de caminhoneiros que desabasteceu as cidades brasileiras. Aumenta o número de pessoas queimadas ao cozinhar com álcool devido ao preço alto do gás de cozinha para as famílias pobres. A pobreza cresce, e as perspectivas econômicas do país pioram a cada dia.
 
Crianças brasileiras são presas separadas de suas famílias nos EUA, enquanto nosso governo se humilha para o vice-presidente americano. A Embraer, empresa de alta tecnologia construída ao longo de décadas, é vendida por um valor tão baixo que espanta até o mercado. 
Um governo ilegítimo corre nos seus últimos meses para liquidar o máximo possível do patrimônio e soberania nacional que conseguir —reservas do pré-sal, gasodutos, distribuidoras de energia, petroquímica—, além de abrir a Amazônia para tropas estrangeiras. Enquanto a fome volta, a vacinação de crianças cai, parte do Judiciário luta para manter seu auxílio-moradia e, quem sabe, ganhar um aumento salarial.
Semana passada, a juíza Carolina Lebbos decidiu que não posso dar entrevistas ou gravar vídeos como pré-candidato do Partido dos Trabalhadores, o maior deste país, que me indicou para ser seu candidato à Presidência. Parece que não bastou me prender. Querem me calar.
Aqueles que não querem que eu fale, o que vocês temem que eu diga? O que está acontecendo hoje com o povo? Não querem que eu discuta soluções para este país? Depois de anos me caluniando, não querem que eu tenha o direito de falar em minha defesa?
É para isso que vocês, os poderosos sem votos e sem ideias, derrubaram uma presidente eleita, humilharam o país internacionalmente e me prenderam com uma condenação sem provas, em uma sentença que me envia para a prisão por "atos indeterminados", após quatro anos de investigação contra mim e minha família? Fizeram tudo isso porque têm medo de eu dar entrevistas?
Lembro-me da presidente do Supremo Tribunal Federal que dizia "cala boca já morreu". Lembro-me do Grupo Globo, que não está preocupado com esse impedimento à liberdade de imprensa —ao contrário, o comemora.
Juristas, ex-chefes de Estado de vários países do mundo e até adversários políticos reconhecem o absurdo do processo que me condenou. Eu posso estar fisicamente em uma cela, mas são os que me condenaram que estão presos à mentira que armaram. Interesses poderosos querem transformar essa situação absurda em um fato político consumado, me impedindo de disputar as eleições, contra a recomendação do Comitê de Direitos Humanos das Nações Unidas.
Eu já perdi três disputas presidenciais —em 1989, 1994 e 1998— e sempre respeitei os resultados, me preparando para a próxima eleição.
 
Eu sou candidato porque não cometi nenhum crime. Desafio os que me acusam a mostrar provas do que foi que eu fiz para estar nesta cela. Por que falam em "atos de ofício indeterminados" no lugar de apontar o que eu fiz de errado? Por que falam em apartamento "atribuído" em vez de apresentar provas de propriedade do apartamento de Guarujá, que era de uma empresa, dado como garantia bancária? Vão impedir o curso da democracia no Brasil com absurdos como esse?
Falo isso com a mesma seriedade com que disse para Michel Temer que ele não deveria embarcar em uma aventura para derrubar a presidente Dilma Rousseff, que ele iria se arrepender disso. Os maiores interessados em que eu dispute as eleições deveriam ser aqueles que não querem que eu seja presidente.
Querem me derrotar? Façam isso de forma limpa, nas urnas. Discutam propostas para o país e tenham responsabilidade, ainda mais neste momento em que as elites brasileiras namoram propostas autoritárias de gente que defende a céu aberto assassinato de seres humanos.
Todos sabem que, como presidente, exerci o diálogo. Não busquei um terceiro mandato quando tinha de rejeição só o que Temer tem hoje de aprovação. Trabalhei para que a inclusão social fosse o motor da economia e para que todos os brasileiros tivessem direito real, não só no papel, de comer, estudar e ter moradia.
Querem que as pessoas se esqueçam de que o Brasil já teve dias melhores? Querem impedir que o povo brasileiro —de quem todo o poder emana, segundo a Constituição— possa escolher em quem quer votar nas eleições de 7 de outubro?
 
O que temem? A volta do diálogo, do desenvolvimento, do tempo em que menos teve conflito social neste país? Quando a inclusão dos pobres fez as empresas brasileiras crescerem?
O Brasil precisa restaurar sua democracia e se libertar dos ódios que plantaram para tirar o PT do governo, implantar uma agenda de retirada dos direitos dos trabalhadores e dos aposentados e trazer de volta a exploração desenfreada dos mais pobres. O Brasil precisa se reencontrar consigo mesmo e ser feliz de novo.
Podem me prender. Podem tentar me calar. Mas eu não vou mudar esta minha fé nos brasileiros, na esperança de milhões em um futuro melhor. E eu tenho certeza de que esta fé em nós mesmos contra o complexo de vira-lata é a solução para a crise que vivemos.
Luiz Inácio Lula da Silva
Ex-presidente da República (2003-2010)

domingo, 1 de julho de 2018

Via Adriano Oliveira


Vamos aos fatos:
1. Moro liberou áudios de Lula para impedir sua posse como ministro de Dilma.
2. Moro e o TRF4 aceleraram o julgamento de Lula para impedir sua candidatura a presidência em 2018.
3. O processo do triplex é, no mínimo, duvidoso, mas a dúvida não beneficiou o réu.
4. O TRF4 aumentou em uníssono a pena de Lula para 12 anos para impedir que ele a cumprisse em liberdade.
5. O STF não vai colocar Lula em liberdade enquanto ele não abrir mão de sua candidatura, palavras de Gilmar, que segue liberando sua turma a rodo agora e criando espaço para liberar mais ainda no futuro próximo.
A hipótese:
Há um conluio de interesses difusos que se materializam hoje em torno do chamado ativismo judicial brasileiro. Alguns justos, muitos espúrios.
Esse conluio produz sinergias que permitem a indivíduos, empresas e corporações intervir no estado brasileiro de modo direto. Isso substituiu o tradicional modo de intervenção baseado em financiamento eleitoral e suborno de autoridades, hoje inviabilizado.
Esse novo modo é instável e menos controlável que o anterior, portanto precisa de um grande eixo aglutinador. No momento esse eixo é o impeachment antecipado de Lula.
Lula é perigoso para esses e outros esquemas porque é o único brasileiro vivo capaz de capitalizar força popular eleitoral à revelia de interesses das minorias numéricas que controlam o país. Isso está demonstrado na inércia das pesquisas.
A eventual culpa de Lula nos crimes a ele imputados não vem ao caso.