domingo, 1 de julho de 2018

Via Adriano Oliveira


Vamos aos fatos:
1. Moro liberou áudios de Lula para impedir sua posse como ministro de Dilma.
2. Moro e o TRF4 aceleraram o julgamento de Lula para impedir sua candidatura a presidência em 2018.
3. O processo do triplex é, no mínimo, duvidoso, mas a dúvida não beneficiou o réu.
4. O TRF4 aumentou em uníssono a pena de Lula para 12 anos para impedir que ele a cumprisse em liberdade.
5. O STF não vai colocar Lula em liberdade enquanto ele não abrir mão de sua candidatura, palavras de Gilmar, que segue liberando sua turma a rodo agora e criando espaço para liberar mais ainda no futuro próximo.
A hipótese:
Há um conluio de interesses difusos que se materializam hoje em torno do chamado ativismo judicial brasileiro. Alguns justos, muitos espúrios.
Esse conluio produz sinergias que permitem a indivíduos, empresas e corporações intervir no estado brasileiro de modo direto. Isso substituiu o tradicional modo de intervenção baseado em financiamento eleitoral e suborno de autoridades, hoje inviabilizado.
Esse novo modo é instável e menos controlável que o anterior, portanto precisa de um grande eixo aglutinador. No momento esse eixo é o impeachment antecipado de Lula.
Lula é perigoso para esses e outros esquemas porque é o único brasileiro vivo capaz de capitalizar força popular eleitoral à revelia de interesses das minorias numéricas que controlam o país. Isso está demonstrado na inércia das pesquisas.
A eventual culpa de Lula nos crimes a ele imputados não vem ao caso.

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