sábado, 28 de fevereiro de 2009




A Benê

Morar em frente a uma praça é um grande privilégio. Em São Paulo é uma dádiva. Ainda mais quando se trata de uma praça famosa pelo seu charme. A Benedito Calixto é especial, fica num quadrilátero: entre as ruas Cardeal Arcoverde e Teodoro Sampaio, na altura da avenida Henrique Schaumann, próximo à Doutor Arnaldo e no coração do bairro de Pinheiros, zona oeste da capital do concreto.




Bares e restaurantes fazem companhia a livrarias e cafés, além de belas lojas de decoração no entorno da praça que aos sábados se transforma num dos pontos turísticos mais visitados da cidade.
Hoje o sol forte atraiu milhares de pessoas e um passeio nela é inevitável mesmo para quem já freqüentou muito o local e, no meu caso, com o agravante de morar em frente à praça.







É incrível como sempre se encontra algo novo além é claro daquelas barracas que fazem a tradição da feira. Discos, máscaras, roupas, móveis, raridades, de tudo tem um pouco. E o que não tem é porque não deve mesmo estar lá.
Num mesmo dia é possível começar com um café, simples na Livraria, ou completo no Frans. O primeiro lhe dará a vista para a praça, o segundo lhe propõem um cenário com a imponente Igreja do Calvário bem á sua frente.
Um passeio atento pelas lojas antes de visitar as barraquinhas é uma sugestão, o forte é o design empregado nos utensílios pra casa; dos mais rebuscados aos simples, como a customização de caixas de fósforo, por exemplo.





Para conseguir perceber o que há em cada barraca a dica é dar duas voltas no entorno; depois se emaranhar entre elas e descobrir tudo o que a feira tem pra oferecer. Quando aparecer aquela fominha vá até a “praça de alimentação”, onde o dueto de pastel variado e comida baiana lidera a preferência. Na parte da tarde o local recebe ainda veteranos músicos que dão um show de chorinho digo de registro e atenção. A barraca dos doces caseiros também merece atenção especial quando for dar outra voltinha.
Há ainda um espaço, no centro da Praça, destinado a lançamento de livros, exposições literárias e que sempre conta com a presença de artistas e atores consagrados.
Depois de um livrinho aqui, uma comprinha acolá (vale lembrar que a Feira da Benedito Calixto se estendeu pela própria Rua Teodoro Sampaio onde a subida pelo lado esquerdo esta tomada por outras barraquinhas improvisadas que vendem de tudo: CDs, roupas, incensos e por aí vai), na hora da fome grande há boas opções no local. Desde o Quilo ao lado do Frans, passando pelo Bistrô, também há o São Benedito e Consulado Mineiro que ficam lado a lado. O meu predileto é o Sushi Ya (este merece e terá outro post).
Enfim, a Feirinha da Bendito Calixto é democrática, dá diversão a quem quer que seja, cabe em qualquer bolso e merece a visita de todos.




Do Clube

Este post é uma homenagem a meu amigo Rogério, filho de Dona Edi. Eles são proprietários do Bar do Biu. Lugar aconchegante e que serve deliciosa feijoada todos os dias além Vaquejada, Carneiro, Moqueca e variado cardápio de iguarias da nossa gloriosa culinária nacional. Naquela esquina da Cardeal Arcoverde com a João Moura me sinto em casa.





Chopinho com os colegas


Da Série Fazia Tempo Que Não Acontecia

O último dia útil antes de março, em 2009, era uma sexta-feira. Naquela noite a surpresa nos visitou e, de improviso, saímos pra fazer o clássico chopinho com os colegas. Bancado pelo chefe cada copo descia ainda mais cremoso.

O ir e vir dos petiscos, data vênia, sustentou a conversa for so long. Comportados, editores e adjacentes ficaram no dueto chopp e suco. Nem mesmo o céu como telhado foi capaz de trazer uma brisa refrescante no calor da grande pedra quente que é São Paulo no verão. Aqui quando esse concreto todo esquenta....meu cumpádi...



Bom, perfeito e agradável esse depois (ou happy hour), entre os companheiros de várias jornadas, ou melhor, batalhas. A luta diária por algo que não está em nossa cabeça e sim em nossa alma: a dedicação pelo nosso trabalho nos separa de momentos tão importantes como este: tomar um chopinho com os colegas depois do trabalho. Ainda mais numa sexta-feira de calor. E na conta do chefe, que achou que merecíamos.
Não tem preço. Tem. A conta sempre é maior, é verdade, somos jornalistas não é mesmo? Mas vá lá, acordar no sábado e contar pro amigo do bairro que tomou várias na conta do chefe, e que foi por mérito e você também achar que é direito.
Isso sim não tem preço.


Do Clube

Esse Post é uma homenagem a Ricardo Boechat que financiou o sacro santo chopinho da última sexta-feira. Saiba que os números não refletem sua grandeza e nem a bravura de sua equipes. Estamos juntos nessa batalha. E na próxima celebração venha bebemorar conosco.
Aquela Luz

quinta-feira, 26 de fevereiro de 2009





K9 assombra. Eu já sabia

Eis que o menino Keirrisson está detonando em São Paulo. Meus amigos Palmeirenses estão em êxtase e me agradecem diariamente. Eles que já nos devem muito pelo Alex e Henrique agora estão embasbacados com o futebol de mais uma cria Coxa. Ao chegar à Band hoje encontro a editora Eneida Cardoso se desmanchando em elogios: “Como faz gol esse menino hein?”. Todos estão felizes. Hélvio Borelli me diz que ele parece Altafini Mazzola, grande centroavante do Palmeiras nos anos 50, foi campeão mundial 58; “ Tem visão de gol e uma rapidez incrível, ainda nos dará muitas alegrias”, diz. Já o repórter Rodrigo Hidalgo me diz que o K9 parece com Evair: “Pela frieza, a finalização perfeita e uma visão de jogo muito boa”, sentencia. Carlos Sartori, o Pé de Milho me conta que Keirrisson é um mix de Evair e Edmundo. Ele sabe tocar a bola consegue partir pra cima e tem faro de gol”, diz. Luciano Dorin arriscou uma comparação ao Kaká e Joelmir Beting destacou a rapidez e qualidade no passe além da frieza para marcar gols. De fato todos têm razão é incluo aqui outra informação: ele tem DNA COXA.
Conheço o futebol dele faz tempo, em 2006, durante a Copa São Paulo de Futebol Junior, fiz uma das primeiras matérias com o ainda desconhecido artilheiro. A reportagem foi publicada em 23 de janeiro de 2006 no site Coxanautas:



Cazuza já dizia:"Só as mães são felizes" e há razão nisso. Mas, convenhamos, mãe de jogador sofre. E foi assim nas arquibancadas do estádio Nicolau Alayon, em São Paulo. Muita torcida e sofrimento durante o jogo entre Comercial e Coritiba pelas quartas-de-final da Copa São Paulo de JR.Pouco mais de 300 pessoas tiveram coragem encarar o sol forte de mais de 30 graus do verão paulistano para assistir a partida. A maioria dos presentes estava ali por um grande motivo: eram parentes e amigos de jogadores do time de Ribeirão Preto e de Curitiba."Aqui de fora a gente sofre muito" dizia a nervosa Cênia Costa, avó do preparador físico do Comercial, Aroldo Costa. Entre um ataque e outro do Bafo (carinhoso apelido do Comercial) não faltavam gritos e suspiros. "Fazemos de tudo para acompanhar o trabalho dele", afirmava a avó coruja.A torcida da corretora de imóveis Rógina Pereira era para time diferente, mas o sofrimento era o mesmo: " É um terror! A tensão é muito grande, mas viemos para incentivar o Coritiba", dizia a tia do artilheiro Keirrison, pouco antes de explodir em alegria com o gol de empate que seu sobrinho fez para o alviverde paranaense. Para ela, as atuações de seu sobrinho são motivos de orgulho para a torcida coxa-branca: "ele jogou bem todas as partidas, estamos muito felizes com isso", disse."Só espero que não vá para os pênaltis” dizia Tânia Mara, mãe do meio-campista Diogo, do Comercial. "Já chega o que sofri na partida contra o Paysandu" (na rodada anterior, o time de Ribeirão Preto eliminou o time paraense nas cobranças de pênaltis). Mesmo com o filho ao lado (o jogador foi expulso na última partida contra o Paysandu e ficou de fora do jogo de hoje), o nervosismo era grande: "quando jogam outros times eu nem ligo, mas como é o Comercial fico aqui na torcida".A professora de educação-física aposentada, Marli Cândido Alves era um misto de alegria e tensão durante toda a partida: "o jogo está bom e o Coritiba mostrou muita garra", dizia antes da decisão por pênaltis. Mãe do meio-campo Dirceu ela contou que viu todos os jogos de seu pupilo na Copinha "todos com muito nervosismo", enfatizou. "Fico tensa dois dias antes, quase não durmo direito", disse. "Mas vale a pena, faço tudo para vê-lo feliz", finalizou.

O atacante Keirrison estava um pouco triste com a derrota: "merecíamos mais sorte, mas Deus sabe o que faz", disse resignado. Para o artilheiro da equipe essa "Copinha" vai ficar para sempre guardada em sua memória: "sei que fiz um bom trabalho e espero continuar desse jeito para poder ajudar ainda mais o Coritiba", afirmou. "Foi uma experiência incrível", disse.Perguntado sobre as especulações em torno de propostas envolvendo seu nome, o sul-mato-grossense de 17 anos se diz tranqüilo e com a cabeça apenas no Coritiba: "é aqui que quero brilhar", contou. "Esse grupo é maravilhoso", afirmou ao lembrar-se de seus companheiros de equipe.




Do Clube

Este post é uma homenagem a dois palmeirenses Leandro e seu fiel escudeiro Lota, que estão muito felizes com o Coritiba por ter revelado Keirrison. A dupla que comanda o Canal Livre da Band, tem certeza que o K9 ainda trará muitas alegrias pra nação alviverde paulista.

quarta-feira, 25 de fevereiro de 2009










Feliz Ano Novo

Agora vai! Finalmente começa o ano de 2009 no Brasil. Será?Ainda é quarta-feira de cinzas e o braseiro carnavalesco segue queimando. Em São Paulo, a mais agitada de todas as cidades, a quarta começou cinzenta e preguiçosa. Cheguei por voltas das seis e meia da matina. Vim de Curitiba após quatro dias de descansando ao lado dos familiares na capital mundial do samba xôxo.
Tudo estava calmo e com a garoa que já foi sinônimo destas bandas. A rua Teodoro Sampaio, importante corredor do ônibus, rua forte no comércio estava tão pacata que nem parecia um dia útil. Útil?
De fato começar o ano num dia que ainda é carnaval não dá não é mesmo? Ok. Deixemos pra amanhã. Mas amanhã já é quinta-feira, sabe como é, véspera de sexta, a ressaca ainda está forte e já que não estaremos de plantão neste fim de semana que tal deixarmos tudo pra próxima segunda?









Combinado. Até porque por aqui as coisas continuam naquele ritmo; assim, sem calendário ou previsão de melhora. Mas é claro tudo com hora marcada.








Do Clube




Ele tomou um banho de água fresca no lindo lago do amor. Este post é uma homenagem à bela Jack. Ela vem banhada pelo frescor da novidade. Depois de uma temporada na Austrália, agora empresta sua beleza e graciosidade aos pobres mortais da terra do concreto. A saudade é um combustível poderoso.



terça-feira, 24 de fevereiro de 2009


Alto da Glória

É um nome sugestivo.
O charmoso bairro curitibano começou a ser povoado perto de 1850 e a família Leão é uma das mais tradicionais da região tendo ajudado a construir a capela de nossa senhora da glória que hoje fica ao lado do mais belo conjunto arquitetônico do bairro. O estádio Major Antonio Couto Pereira (que um dia já foi Belford Duarte) é de propriedade do Coritiba e foi erguido no início da década de 30. Já na partida ianugural, o placar de 4 a 2 no então poderoso América do Rio de Janeiro, mostrou que aquele lugar seria eternamente especial na vida de todos que por ali se achegassem. Meu debu foi em 78, num jogo contra o Toledo, se não me engano. Recordo que fui com um amigo, o Ives, filho da Dona Lidia, do Bar 21, que já foi propriedade de meu tio Doraci e sua família. Estamos falando da primeira “venda” da região: uma espécie de pequeno armazém com secos e molhados. Vendia-se de tudo um pouco. Há muitos anos é apenas um decadente botequinho de esquina, ainda que abrigado numa casa bela e centenária.

Voltando ao Alto da Glória é um bairro muito agradável, lá moram Fhabyo, Fernanda e Marina, a coxinha branca mais lindinha que eu conheço. Fervorosa torcedora do Coritiba, Marina mora há apenas uma quadra do estádio e nos encanta com seu amor pelo time de coração..
Entrando no Couto Pereira, o primeiro registro que me vem à cabeça é de um gol de pênalti nessa partida contra o time do oeste paranaense no ano em que fomos campeões em cima do nosso freguês predileto numa decisão por pênaltis inesquecível, claro de do Couto Pereira. É bem verdade que antes de nascer eu já andava por ali na barriga de minha mãe, outra ferrenha Coxa-Branca de carteirinha. Ex-presidente do MUC , O Movimento Unido Coritibano, tradicional torcida alviverde que brilhou nas décadas de 80 e 90. Muitas outras boas lembranças povoam minha memória, foram muitos jogos, títulos e campanhas inesquecíveis em campo. Nas arquibancadas me lembro de ter torcido de norte ao sul do estádio para meu time de coração. Muita festa e alegria.
Do papel picado aos extintores com as cores brancos e verdes, passando pelas mãozinhas da mancha – que mandava nossos adversários praquele lugar- até o barulho do surdo e do grito da galera mais fiel destas bandas. Das emoções, a passagem para as quartas de final no Brasileirão de 1985, foi uma das mais fortes: gol e classificação aos 45 do segundo tempo, em cima do Santos campeão paulista da temporada anterior. Foi incrível. Defesas de Rafael. Os bailes de Tostão, Osvaldo e Vica. Gols de Índio e Chicão. Magia pura de Alex. Os cruzamentos de Adriano, as arrancadas de Rafinha, Os gols de Keirrison...Valei-me Alto da Glória!



Passear pelo Memorial onde as principais conquistas estão ali expostas para nos trazer de volta as glórias sempre presentes em nossa história.
Nesta noite os pouco mais de seis mil e quinhentos torcedores que estiveram no Couto Pereira, saíram do Alto da Glória mais uma vitória do Coritiba e o palco cotinua a ser de alegria e boas lembranças.


Veja onde fica
http://wikimapia.org/#lat=-25.4200205&lon=-49.2622232&z=16&l=9&m=s





Números do Estádio Major Antônio Couto Pereira
Fundação:20/11/1932
Maior Público:80.000 pessoas - Visita do Papa João Paulo II, dia 5 de agosto de 1980
Cadeiras:5.040 cadeiras sociais superiores1.027 cadeiras sociais inferiores2.210 cadeiras na curva do 3º anel2.588 cadeiras na curva do 2º anel1.364 cadeiras na curva do 1º anel2.960 cadeiras na reta Mauá 2º anel2.233 cadeiras na reta Mauá 1º anel
Total: 17.412 cadeiras (6.067 antigas e 11.355 novas - Setor Mauá, mais a curva)
Arquibancadas sem cadeiras:Curva Amâncio Môro (3 anéis): 12.884 lugares Curva Visitantes (3 anéis): 6.162 lugaresSociais inferiores: 334 lugares sem cadeiras 20 lugares na curva de fundos sem cadeiras no anel inferior, ao lado da grade de proteção
Total: 19.400 lugares sem cadeiras
Camarotes:370 lugares
Capacidade Total:37.182 lugares
Banheiros:25 sanitários, sendo 13 femininos e 12 masculinos
Lanchonetes:16
Câmeras de vigilância:32
Vestiários:04
Estacionamento (número de vagas):400
Medida do Campo:109,00m x 72,00m
Tipo de grama:Bermuda 419






Fonte:CFC



Cemitério de Bolas

Eu gosto muito de futebol, concordo com Nelson Rodrigues que dizia: o futebol é a coisa mais importante dentre as menos importantes. Mas respeito quem não aprecia o esporte bretão. Talvez o onze contra onde as inúmeras possibilidades de ataques, desarmes, contra-ataques, possam confundir o sujeito. Ou mesmo a regra do impedimento e do critério de faltas possa deixar muita gente confusa. Tudo bem. O futebol é assim mesmo. De tudo tem um pouco. Históricas épicas e bizarras, lances geniais e geniosos, jogadores bestas e bestiais; enfim, mesmo assim tem gente que não aprecia e a vida é assim.
Mas a bola não!
A bola é um símbolo. A esfera da alegria diria eu. Ela merece respeito e até devoção. Ainda neste país onde o futebol é uma religião. Mas a bola, amada por quem a trata bem ou mal; desejada por 10 entre dez craques do campinho da esquina, ela merece sempre um tratamento especial. Não há como, toda vez que a gente olha pra ela, debruçada no solo, pode ser qualquer um: a sala de casa, a garagem, a calçada, se agente a vê queremos um contato mais próximo, fazemo-la rolar de primeira.
A bola merece cuidado e não é possível alguém destratá-la.
Descobri que é.
Estamos em Curitiba, no Bairro Bom Retiro exatamente Rua João Guimarães. Atrás destas grades e destes cães ferozes mora (segundo o que reza a lenda) uma senhora que não gosta de futebol e seus adeptos. Moradora dos fundos de um colégio. Todas as redondas que caíram em seu terreno viraram troféu macabro. Para mostrar seu poder expõem uma a uma encravada por uma lança. Numa cena que lembra a maldade medieval. Esse mundo tem cada uma...
É sortido diria meu amigo Gérson de Souza.
Um dia vamos ouvi-la.


Do Clube

Esse post é uma homenagem ao meu amigo Marcelo Bianchini e sua amada família: a esposa Ju e os lindos filhos Vinícius e Alice. Amigos com quem passamos horas agradáveis na alegria das crianças e no carinho dos adultos. Bianchini amigo de fé e longa data, Coxa-Branca de coração e jornalista por opção é um dos grandes da terra dos pinhais.






segunda-feira, 23 de fevereiro de 2009






Origens

Estar perto de suas origens, daquilo que um dia já foi seu, mas que hoje está distante é daquelas sensações difíceis de reproduzir. Juntar as palavras certas para que a frase faça sentido nestes casos de nostalgia é algo complicado por mais simples que possa parecer.
Esses dias em Curitiba, revendo amigos e familiares, respirando o ar desta cidade, caminhando pelas ruas e parques do bairro onde cresci, tudo me envolve num clima interessante e desafiador, num resgate de memórias vivas. Até no futebol, amanhã assistirei a Coritiba x Toledo. Foi o primeiro jogo que fui assistir sozinho com um amigo, o Ives filho da Dona Lidia, do 21. Foi no campeonato paranaense de 78 se não me engano...





















Mas vamos direto ao começo: Estamos na Barreirinha simpático bairro da zona norte de Curitiba e que foi colonizado por poloneses, ucranianos, alemães.
Nasci na casa de minha avó, na esquina das ruas Tenente Coronel Servando de Loiola e Silva com a Augusto dos Anjos. No verão de 72, numa quinta-feira, lá pelas nove e meia da noite aconteceu a estréia em rede interplanetária
















O local até hoje é a residência de Dona Stefânia Wojtiga, minha avó materna. Matriarca da família veio para o Brasil na metade do século passado. Morava na Polônia e, como todos sabem a situação não estava boa praquelas bandas. Ela, que já sofrera todos os horrores da guerra, encheu-se de coragem e veio com o marido e três filhos pequenos para o Brasil. A primogênita é minha mãe, Halina Bueno de Freitas. Sou o segundo filho dela, a primeira é Márcia, a professorinha da família. Hoje minha avó, de 81 anos, tem seis filhos, 10 netos e seis bisnetos. Famosa na região onde vive há mais de 50 aos, foi massagista por um bom tempo o que lhe deu fama na arte de aliviar a dor do próximo; foi assim que trabalhou na segunda guerra mundial. Na foto abaixo a matriarca Stefânia e nossa tia Barbara que mora na Polônia.










Na Igreja da comunidade há uma placa em homenagem a esta católica fervorosa que sempre ajudou a paróquia da Barreirinha inclusive na própria construção dela. Boa parte da família sempre esteve envolvida nas obras sociais daquela igreja que é muito ativa; dois eventos têm tradição por ali: A Paixão de Cristo que é encenada ao lado da Igreja (um belíssimo espetáculo e que tenho orgulho de dizer que meu primo Everson Bastos (o indefectível Éto ) é um dos principais cabeças do projeto), e a há também o tradicionalíssimo almoço de domingo com um churrasco muito delicioso. Acontece todo segundo domingo do mês e o negócio não é brincadeira. O salão da Igreja fica lotado e há muita gente que faz fila pra levar aquela Alcatra sensacionalmente assada na brasa. Pra completar há ainda o buffet de salas e pratos quentes de dar água na boca. Tudo com a maior simplicidade, dedicação e muito amor dos voluntários. A dica está dada.












Há outros familiares na região e numa contagem rápida são aproximadamente 20 casas. Não me aventuro em visitar todos. Sempre privelegio minha avó e minha madrinha; Dona Teresina Kovalski. Uma dos oito irmãos que meu falecido pai teve. Era a mais querida por ele. É a tia com quem passava alegres dias de minhas férias escolares. Meu tio Alcir, marido dela, que também está no andar de cima, era uma figuraça. Muito cativante, bom de baralho; a casa deles tanto aqui quanto na praia sempre tinha muita gente.
Roberto e Rossana são seus filhos, Rubinho, Monica (a popular Caca) e Diogo (o glorioso Gogo) são os netos.
É uma família que tenho muito carinho, amor, respeito e consideração.
É a minha família.





Música

O samba enredo da Acadêmicos da Realeza foi o campeão do Carnaval de Curitiba. A escola de samba homenageou o centenário do Coritiba e levou o bicampeonato. Agora é torcer para que os bons ventos da passarela do samba cheguem até aos gramados onde o Glorioso Coritiba precisa desfilar um futebol com mais harmonia.




Do Clube


Este post é uma homenagem a minha mãe, Dona Halina. Alemã de nascimento e Coxa-Branca de coração. Guerreira incansável, sua força e fé a mantém de pé. Um exemplo de superação. Obrigado.