quarta-feira, 8 de abril de 2009


Dia do Jornalista

Apenas um telefonema recebido no meio da tarde felicitou-me pela data.

Que desprestígio o meu. Na redação, nem uma menção.
Quando iniciei no mundo das letras jornalísticas, lá nos idos de 86, a data era muito bem celebrada. Durante todo o dia a redação era inundada por telegramas, telexs, cartas, mensagens, flores, etc. Chegavam presentes das mais variadas empresas e instituições. De bons vinhos a cestas de chocolate, passando por belos brindes e alguns bons prêmios que democraticamente eram sorteados entre os colegas. Existia um reconhecimento da sociedade civil organizada pelo dia de um profissional indispensável à coletividade; um trabalhador que ama e se dedica ao que faz entregando-se de corpo e alma à sua árdua e sempre mal-remunerada função.
Os regalos são simbólicos e remeteriam, no máximo, a certo prestígio perdido.
Hoje os tempos são outros. A profissão se esvaziou. De uma importante função social virou pró-forme. Na maioria dos canais só existem telejornais porque eles são obrigatórios para manter as concessões. Estas, na maioria, resultado de uma grande vergonha. E os jornalistas? Não conseguiram um canal para sua coletividade. Sequer para falar da profissão. Quanto mais para se posicionar na sociedade em questões essenciais e necessárias que esta função não pode ficar de fora. E saber hoje que há empresas onde os representantes do sindicato que representa a categoria sequer podem entrar na emissora.







Sou do tempo em que o departamento comercial entrava na redação de cabeça baixa para fazer algum pedido. A direção via e tratava a redação como algo sacro santo.
E era. Já era.
Hoje é a redação que abaixa a cabeça por tudo e para todos.
Nas empresas jornalísticas, a redação era (e deveria continuar sendo) a alma da empresa; é dali que sai o negócio, o modelo de negócio (notícia). É ali que estão aqueles que fazem (e farão) o negócio render. Trazem prestígio e respeito para a empresa. Empunham a bandeira da credibilidade a duras penas.





Mas hoje não é bem assim. A classe, cada vez mais desunida, se submete a jornadas de trabalho irresponsavelmente incríveis. Salários vergonhosos e falta de condições para poder exercer sua profissão de forma digna. Nenhuma garantia trabalhista ou benefício. Plano de cargos e salários é algo jamais cumprido e as histórias de horror seguem tetrificando-nos.
Esses dias fiquei sabendo que uma colega chegou a trabalhar três turnos direto: entrou às três da manhã e saiu só depois das 18h. Pegou um trânsito gigantesco e acabou batendo o carro...
Outra história foi do amigo que, sem internet, “montou” um computador pra poder trabalhar na emissora. É que o netbook que ele arranjou pela redação virou lenda e ele teve que se virar. Fez uma máquina juntando tudo o que encontrou pela redação. Isso para poder trabalhar.
Parabéns Jornalista pelo seu dia !







Viatnamista?Só as 23h15.

DO CLUBE

Cosme Rímoli, jornalista dos bons, anda quebrando tudo nos blogs da vida. Hoje arrebentou com mais uma do Adriano e sua necessária internação. Saiu até no Jornal da Band. O homem tá virando um fenomeno na net: três milhões de acessos em 45 dias se não em engano. È brincadeira?

http://blogdocosmerimoli.blog.uol.com.br/

Não me espanta se o Imperador pegar o avião amanhã pra passar a sexta-feira santa pedindo perdão na Itália, próximo do Papa.



terça-feira, 7 de abril de 2009




Agora é o Bahia

Depois do fiasco de ontem contra o maledeto JMalucelli, o CORITIBA tem pela frente o tradicional Bahia em Salvador nesta quarta-feira. Bahia de tantas tradições. Tradição também tem esse confronto na Copa do Brasil, os dois clubes já se enfrentaram três vezes e o alviverde curitibano desclassificou o tricolor soteropolitano em duas oportunidades.
O COXA não terá vida fácil em Salvador. O tricolor baiano poupou os jogadores na rodada do final de semana e olha com bons olhos pra Copa do Brasil. Já nosso Glorioso alviverde patinou nos maledetos JMalucell e Heber Roberto Lopes, árbitro que pode ficar de fora da Copa da África do Sul por causa da sua empáfia. Contra o CORITIBA é sempre assim: atrapalhar nossa vida é um lema na carreira.



Do Clube

Esse post é uma homenagem a Nestor Mendes Jr. Torcedor do Bahia e autor do belo livro: Bahia Esporte Clube da Felicidade. Morador de Luanda ele está no Brasil e deve acompanhar a partida do seu time preferido contra o meu.
Espero ter mais sorte desta vez.
Entre nós, em comum nesta semana, o amigo Volmar Malgarin, que me presenteou com livro, e que está de cabeça inchada por mais uma vitória do Inter sobre o seu Grêmio.


domingo, 5 de abril de 2009

Seguir o bom exemplo

Neste final de semana o Internacional deu uma lição aos demais clubes do Brasil ao celebrar seu centenário com muita festa de seu torcedor e ainda por cima vencer clássico decisivo, não apenas eliminando o maior rival, como seguindo rumo a mais um título gaúcho. Esse, histórico, no ano 100 do clube. Ontem a festa foi digna e hoje a classificação coroou o final de semana mais vermelho que Porto Alegre já teve.
Vermelhos de vergonha devem ter ficado os jogadores do Coritiba que não conseguiram se inspirar no centenário do Inter, para dar mais uma alegria aos Coritibanos neste ao que é o nosso centenário também. Fiar o zero com o maledeto JMalucelli é brincadeira.Tinha que golear, colocar as coisas no seu devido lugar no futebol paranaense, meter 3, 4 e ir com a faca nos dentes pra cima do Paraná. Tínhamos uma bela vantagem e esses dois pontos certamente farão falta. Ainda podemos ganhar o bicampeonato na casa do mal, contra os poddles. Mas agora é 100% em todas. Chega de vacilo, Vai CORITIBA!




Banho de Chuva

Em São Paulo chega a ser perigoso pelo tanto de raios que cortam a cidade e também por causa da poluição. Vira uma chuva ácida a mistura da água que cai com a poluição que sobe. Em São Paulo essa proporção é de que a forte chuva que cai é a condensação daquilo que passou por uma densa crosta de gases e outros resíduos tóxicos que sobrevoam o nosso céu metálico. Imagine o que faz com o que está aqui por baixo.
Mas neste domingo fiz questão de atender a meu simples desejo de tomar um banho de chuva. Em casa, deixei os amigos na sala a se recompor do churrasco, e fui pra laje. Com a liberdade sonhada.
Na plenitude de uma vontade a ser respeitada; o encontro com aquela água foi redentora.




sábado, 4 de abril de 2009

Glórias do Desporto Nacional





De Luis Fernando Veríssimo aos irmãos André e Marcelo la de Curitiba. De Falcão a Fernandão, todos os corações colorados batem mais forte hoje. Nossa homenagem ao gigante Sport Club Internacional. 100 anos de glórias comemorados junto ao seu povo. Desde cedo Porto Alegre foi tomada pelo vermelho e branco para a comemoração do centenário do respeitado clube gaúcho. Das homenagens que li, repasso o texto do ótimo Mauro Betting. Como ninguém ele conseguiu contar a história do Inter:



Naquela última noite, nos Eucaliptos, Tesourinha e Carlitos viram as luzes se apagando no estádio. Foram até as goleiras, retiraram as redes do velho campo colorado, e deixaram nuas as traves naquelas trevas do entrevado 1969 brasileiro. Era a última cerimônia antes da inauguração do Beira-Rio. Onde iniciaria o ciclo vitorioso e virtuoso que começou com um Falcão imperial nos anos 70 e acabou num Gabiru iluminado na noite japonesa e mundial, em 2006.

Tudo ficara escuro nos Eucaliptos no último ato da velha cancha naquele fim de verão de 1969. Pouco antes do verão de 1975, tudo parecia cinza naquela tarde de 14 de dezembro, em Porto Alegre. Até um raio de sol iluminar a grande área onde o ainda maior Figueroa subiu para anotar o gol do primeiro dos três Brasileiros da glória do desporto nacional naqueles anos 70. O maior time do país em uma das nossas melhores décadas. O melhor campeão brasileiro por aproveitamento, no bicampeonato, em 1976. O único campeão invicto nacional, em 1979.
O Internacional centenário. O clube da família italiana Poppe que deixou São Paulo e Rio para fazer a vida em Porto Alegre, em 1909. Dizem que tentaram jogar bola no clube alemão – e não teriam deixado; tentaram jogar tênis, remar, dar tiro – também não deixaram. Então, juntaram um time de estudantes e comerciários para fazer um clube que deixasse entrar gente de todas as cores e credos. Dois negros assinaram a ata. O primeiro “colored” da Liga da Canela Preta (Dirceu Alves) atuou pelo clube em 1925, enquanto o rival só foi aceitar um negro em 1952 – justamente o Tesourinha, glória gaudéria nos anos 40, na década do Rolo Compressor que durou 11 anos, e dez títulos estaduais.

Inter que ergueu estádios com o torcedor que vestiu a camisa, arregaçou as mangas, e construiu arquibancadas de cimento armado e amado. Inter que apagou as luzes dos Eucaliptos para acender um gigante na Beira-Rio e ascender aos maiores lugares de pódios brasileiros, sul-americanos e mundiais. Superando potências e preconceitos, fincando a bandeira colorada da terra gaúcha no gramado do outro lado da Terra, vencendo um gaúcho genial como Ronaldinho e um Barcelona invencível aos olhos da bola.


Mas quem ousa duvidar da pelota que peleia? Dizem que o futebol gaúcho só é duro, só é viril. Diz quem não viu o Inter de Minelli, fortaleza técnica, tática e física. O Rolo Compressor inovador no preparo atlético e no apetite por gols. O futebol que ganhou o mundo em 2006 marcando como gaúcho, e contra-atacando como o alagoano Gabiru. Campeão com gringos como Figueroa, Villalba, Benítez, Ruben Páz, Gamarra, Guiñazú e D’Alessandro; com forasteiros como Fernandão, Valdomiro, Manga, Falcão, Bodinho, Dario, Larry, Lúcio, Nilmar, Mário Sérgio e Pato; gaúchos como Tesourinha, Carlitos, Oreco, Nena, Taffarel, Carpegiani, Chinesinho, Batista, Mauro Galvão, Dunga, Flávio, Paulinho, Claudiomiro, Jair e Rafael Sóbis.

Tantos de todos. Nada mais internacional. Poucos como o Internacional centenário. Aquele time de excluídos que, em 100 anos, já tem o sétimo maior número de sócios do planeta. São mais de 83 mil que têm mais que uma carteirinha. Eles têm um clube para amar que não depende de documento. Números e nomes não sabem contar o que uma bandeira vermelha pode fazer à sombra de um eucalipto.

Uma bandeira rubra pode ensolarar um estádio apagado, uma tarde cinzenta, e o mundo na terra do Sol Nascente. Aquele que iluminou Figueroa, aquele que inspirou Gabiru, aquele que neste quatro de abril vai nascer mais vermelho.

P.S - No Rio Grande do Sul, MAURO BETING torce pelo Palmeiras.






DO CLUBE


Hoje é aniversário da minha querida amiga Janaína Pirola. Tive a oportunidade de passar bons momentos em sua companhia hoje. Toda a sorte de bênçãos pra você minha amiga. Sorte, saúde e sorrisos.











Jana e Mateus

sexta-feira, 3 de abril de 2009


Ele vai pra África


Dunga se salvou e deve mesmo comandar o selecionado brasileiro no Mundial do ano que vem. Só um desastre no mês de junho ameaça a permanência do gaúcho no comando do escrete amarelinho em terras africanas na Copa 2010. Ontem, no Beira Rio, Luís Fabuloso deixou dois naquela zaguinha do Peru e o Felipe Melo, na raça, meio aos trancos e barrancos, fez um belo gol e fechou o caixão dessa que é uma das piores gerações do futebol peruano de que se tem notícia. Faturei mais um bolão com o palpite 3 a 0.

Em Junho o bicho pega: Uruguai lá e Paraguai no Recife. Dá pra garantir o passaporte pra Copa já no inverno; se vencer as duas arruma vaga pro Mundial e chega com moral na Copa das Confederações. Torneio bom de jogar e de ambientar a maioria dos atletas que vai estar lá o ano que vem. Com Hernanes e Ramires à rente da zaga o time vai melhorar.







Step by step

Domingo dinate do paranavaí, hoje contra o Cianorte, domingo contra a dissidência JMaulucelli. Tem que ser assim mesmo, ganhar todas, até uma depois o confronto lá na casa do mal. Só assim cairá por terra a vergonha do superdesmando com os dois pontos de brinde. -Ai se os de toga do cap entram em campo...
Para o CORITIBA ser BICAMPEÃO é preciso mais cinco vitórias. Uma das mais importantes é essa deste domingo. O(meledeto) Jotinha precisa pagar uma conta antiga...
Tem que mirar os três pontos sim. Mas a intenção é golear essa dissidência indesejada, e agora, mais do que nunca, traidora de suas raízes (com essa história de Corinthians paranaense). O lance é lotar o Couto Pereira e empurrar o time rumo a uma grande vitória.
Assim e em todos os jogos.