terça-feira, 21 de julho de 2009





Muricy Não se “Guentou” e Pulou o Muro

Vai treinar o Palmeiras que, se não vender Diego Souza e Pierre, vai dar trabalho. Um “meisinho” de férias e Muricy Ramalho volta ao batente supervalorizado no mercado e não vai precisar nem mudar a rotina: mesma cidade, mesmo caminho até os treinamentos (SPFC E SEP são vizinhos de CT na Barra Funda). Só não vai errar de portão.
Agora é Verde.
Créditos pro meu bom Alan da Videografia Band que apostava sempre nele como o homem do Palestra e me deu a notícia em primeira mão na redação.


Enfim consegui achar o belo texto de André Kfouri, que foi publicado no diário "Lance!", de sábado e mostra muito bem o porquê do Estudiantes ser tetra da Libertadores.



PERDENDO E APRENDENDO


"Eu pedi aos jogadores que olhassem para o céu. Eles veriam uma enorme camisa do Estudiantes, encontrariam os ex-campeões, estariam na sala de suas casas. Pedi que saltassem e se agarrassem nas estrelas, que levassem essa camisa. E disse que essa camisa iria a todas as partes do mundo. Era a camisa deles."
Essas foram as últimas palavras do técnico Alejandro Sabella, aos jogadores do Estudiantes de La Plata, antes da decisão contra o Cruzeiro.
No vestiário, os argentinos podiam ouvir o Mineirão lotado.
Sabella os preparou para que não sucumbissem ao ambiente hostil.
Tratou de criar uma conexão entre seus comandados e o sentimento que não os deixaria sozinhos, num gramado brasileiro: os 35 anos de saudade do último título de Libertadores conquistado pelo clube.
A história do futebol é quase sempre contada pelos vencedores.
É óbvio que Adílson Batista também falou com seus jogadores, também lhes mostrou um vídeo motivacional.
Esta coluna não é uma supervalorização do discurso de um treinador, não credita o título do Estudiantes às subjetividades propostas por Sabella.
É apenas uma constatação das diferenças entre as duas principais escolas de futebol do mundo.
Diferenças que são, acima de tudo, culturais.
No momento em que um clube brasileiro perde, mais uma vez, e em casa, a decisão de Libertadores para um adversário argentino, a análise precisa sair do campo.
O que decidiu o jogo?
A maneira como o Estudiantes absorveu o gol do Cruzeiro, e a maneira com o Cruzeiro não absorveu o empate.
Do 1 x 0 ao 1 x 1, seis minutos.
Do 1 x 1 ao 1 x 2, quinze, tempo em que o goleiro Andújar não sofreu ameaça.
Atrás no placar, e com o Mineirão em festa, o time argentino continuou jogando.
Após o empate, que apenas prolongaria a final, o time brasileiro parou.
Já vimos filmes parecidos, com outras cores e em outros cinemas nacionais.
Os (bons) times argentinos raramente abandonam seu plano de jogo.
Levam gols e parecem nem ligar.
Fazem gols e tomam conta.
E quanto mais festejam títulos por aqui, menos se preocupam em decidir aqui.
São times mais obedientes taticamente, mais conscientes do que podem e não podem fazer, mentalmente mais fortes.
O que não tem só a ver com futebol.
Tem a ver com a formação das pessoas.
O jogador argentino "standard", nota 6, é melhor do que o brasileiro.
E é mais profissional do que o brasileiro.
Como nas competições entre clubes há mais jogadores comuns dos dois lados, a superioridade fica exposta, principalmente na hora mais importante.
Superioridade que aumenta quando há um "top-de-linha" envolvido, como Juan Sebastián Verón.
Quando a parada é entre os "tops" de cada país, seleção contra seleção, a vantagem é nossa, porque os temos em maior quantidade.
Imagine o discurso de Alejandro Sabella, num vestiário brasileiro.
Cartolas e boleiros recomendariam sua internação.
E alguém ainda perguntaria quem eram os "ex-campeões", ou o que aconteceu há 35 anos.
A evolução do nosso futebol acompanhará nossa evolução como sociedade.
Esquisitices esportivas

Virar jogador de futebol profissional aos 12 anos, morrer por causa de um pneu voador e vender a espinha dorsal do time.
A segundona esportiva teve suas esquisitices divulgadas: A história do garoto de 12 anos na Bolívia que estreou profissionalmente no campeonato Boliviano: Julio Cesar Baldiveso é filho do técnico do Aurora, Maurício Baldiveso e se tornou o jogador mais novo a ser profissionalizado na América do Sul.
Tragédia também aconteceu no circuito de Brands Hatch, na Inglaterra, onde Henry Surtees piloto da F2, filho do campeão da F1 pela Ferrari em 64, morreu depois de ser atingido por um pneu vindo de um outro carro que bateu numa árvore.
O Corinthians anunciou a venda de André Santos e Cristian para o Fenerbaçe da Turquia. Foi-se a espinha dosal do time .
Parece que Nilmar está vendido pra Alemanha; Pierre e Diego Souza pra Europa. É...começou o desmanche. Agosto vai ser um desgosto pro BR09. E até quando não adequarem o nosso calendário ao Europeu será sempre assim.

segunda-feira, 20 de julho de 2009




A volta dos que não foram

Vanderlei Luxemburgo voltou para o Santos ganhando uma fortuna só para variar. Voltou com a tradicional empáfia e ficou bravo com o repórter que perguntou se ele, pela primeira vez, ia para um clube em baixa: ríspido disse que um técnico do porte dele nunca fica em baixa... Então ta.
A La Madrid!

Outro que voltou de onde não deveria ter saído é Renato Gaúcho que a partir de amanhã dirige o Fluminense. O tricolor carioca está ameaçado de rebaixamento e precisa melhorar a bola e a cabeça. O estrago que a LDU fez ano passado ainda reverbera no time das Laranjeiras.

E aí Muricy?

Uma dúzia de Jogos

O Brasileirão 2009 vai pra rodada de número 13 levando a zebra do Avaí nos 3 a 1 da Ilha do Retiro como a surpresa da rodada uma dúzia.
Os 4 a 0 do Barueri no Náutico reforça a minha tese de que não cai nenhum paulista este ano.
Ronaldo entrou pra calçada da fama, fez gol, perdeu pênalti, saiu vitorioso, pintou o sete no Mineirão e o Corinthians venceu por 2 a 1.
Nos clássicos de RJ e SP o óbvio: o Santos a espera do Luxemburgo foi presa fácil pro desesperado por achar um Id São Paulo num Morumbi vazio: 2 a 1 pro tricolor e olhe lá. No Maraca mais do mesmo: Botafogo melhor e o Flamengo empata, Botafogo melhor e o Flamengo não perde:
2 a 2 sem chorôrô. O líder é o Galo que arrancou um OXO em Salvador. Mesmo enfadonho placar do Atletiba.
Dificilmente a pluralidade dos quatro primeiros e também dos quatros últimos se dará ao final da peleja. Hoje no topo: Mineiro (Galo), Paulista (Palm), Gaúcho (Inter) e Baiano (Vit). Na rabeira: Pernambucano (Nau), Carioca (Bot), Mineiro (Cru) e Carioca (Flu).


Atletiba OXO

Único dos clássicos que não teve gols neste domingo foi justamente o que eu queria que as redes balançassem: o Atletiba. Joguinho meia-boca que mereceu terminar em zero a zero. É verdade que um zagueiro do Cap salvou na linha uma chance de MParaíba. Mas, como bem disse Augusto Mafuz: “Escreveu Nelson Rodrigues, que não existe nada mais triste do que um 0 a 0. Mas às vezes, um jogo sem gols pode ser triste, mas pode ser perdoado. Já vi Atletibas de 0 a 0 que comoveram. Mas o de ontem foi absolutamente medíocre, porque nenhum time teve disposição técnica ou tática para alcançar a vitória”.
O Coritiba poderia(talvez não merecia) ter vencido a partida mas preferiu o empate. O Cap não queria perder e não sabia ganhar. Triste prum clássico tão importante. Ruim para os dois.