sábado, 31 de julho de 2010

Dormindo Líder


É aquela história como diz meu amigo Simão: Serie B é transmissão ruim, campo ruim, juiz ruim, e, claro, jogo ruim. Mas Vila Nova e Coritiba desta sexta-feira foi barra pesada. Pouca criatividade e mais de 60 passes errados em jogadas bisonhas.

O time goiano é primário, merece a última colocação. Mesmo assim o Coritiba teve dificuldade para acertar a meta do limitadíssimo goleiro Max. Bem diferente atuação do colega e adversário Edson Bastos que no salvou outra vez.

E saiu do banco de reservas - numa bola parada - o gol salvador que nos deu três pontos quase que obrigatórios, tamanha fragilidade do adversário. Valeu pela chamada de “Líder” no JG. Pelo que jogou o time do centro-oeste só teremos sustos nesta segundona com o nosso próprio futebol. Fraco, mas ainda melhor do que os adversários.

Ano que vem não será assim.

sexta-feira, 30 de julho de 2010

Que Saco


Saem as caçambas de entulhos e entram os big sacos. Olha a inovação que encontrei na Rua Lisboa. Como o uso das caçambas ficou restrito, o "jeitinho" foi arrumar essa geringonça que continua a atrapalhar o pobre pedestre.





Sabe como é não é?

Os políticos não se emendam como diria minha mãe.

Em pleno ano de eleições e a cidade abandonada. Não é necessário falar do caos nos transportes e na saúde. De buracos então é melhor trocar de assunto. Mas essa cena me chamou a atenção. Rua Henrique Schaumann em Pinheiros. Olha o estado do mato no canteiro central. E o relógio? Mais caído que a administração do Gilberto Kassab. Há meses a imprensa noticia o abandono destes relógios que também informam a temperatura. Mas até agora nada.

quinta-feira, 29 de julho de 2010

RádioArquibancada

Animal a torcida do Inter ontem á noite. Valeu a boa reportagem do GE na edição de hoje. A “Colorado FM” cantou muito e deu um show. Paródias de grandes sucessos do rádio sempre vão parar nas arquibancadas. Lembro do pessoal da TEC (Torcida Estudantil do Coritiba), no início dos anos 80 que já se inspirava em temas das ”FMs”. De lá para cá muitos outros fizeram da música um grande aliado para o sucesso do time em campo. No mercado é possível comprar CDs com músicas cantadas pela torcida Coxa-Branca. Tenho orgulho em dizer que a torcida Coritibana é uma das mais musicais do Brasil. E dos sons produzidos naquelas arquibancadas, o rock é a sua essência.

É a CoxaRock. Aliás, um dos maiores incentivadores em propagar esta cena pop/rock paranaense, é meu querido amigo Luiz Carlos Betenheuser Jr – a maior usina de informação do Coritiba na internet -. Destaco um dos posts do blogueiro em que ele fala do assunto e assina com a bela e sugestiva foto que ilustra estas mal traçadas linhas.

http://globoesporte.globo.com/platb/luizcarlos/tag/cultura-coxa/page/4/

Santos e Inter na boa

Marquinhos salvou a pele de Neymar, o penalti que o moleque perdeu poderia fazer ainda mais falta na final do Barradão. Ainda sim acho que dá Santos. Já o São Paulo não quis jogar e merecia perder de mais. Esses gols sim faltarão ao colorado no Morumbi da semana que vem.

quarta-feira, 28 de julho de 2010

terça-feira, 27 de julho de 2010

O velho e bom Tom Capri de sempre



Fórmula 1: mentiras e omissões de nossa mídia no caso Massa/Alonso

Maior vexame nesse episódio escandaloso entre Felipe Massa e Fernando Alonso está dando a mídia especializada, principalmente a brasileira. Agora, querem nos fazer engolir que a Ferrari “denegriu mais uma vez a Fórmula 1” e que merecia ser banida da categoria, quando toda a Fórmula 1 está podre e corrompida e, há mais de 15 anos, age da mesma maneira, num jogo sujo de cartas marcadas. A Ferrari é apenas um dos atores na encenação. E também já estão jogando tudo para cima de Massa, garantindo que, se fosse Alonso, ele “teria sido macho” e não dado passagem. “Esquecem” que Alonso já foi “macho” uma vez e se deu mal, a ponto de quase ter sido banido da Fórmula 1, e até hoje não se recuperou. “Esquecem” também que Massa teve de renovar recentemente contrato com a Ferrari, com a já famosa “cláusula Barrichello”, em que se obriga a ser piloto-escada de Alonso. Se não assinasse, ficaria sem equipe de ponta. Querem também culpar o “sujo” e “encrenqueiro” Alonso, mesmo cientes de que ele já “comprou” a Ferrari e está na dele. É nítida agora a intenção, da mídia, de preservar a Fórmula 1, apontando culpados de ocasião, pois é a categoria que lhe dá emprego, daí todas essas mentiras e omissões.

Desde a morte de Ayrton Senna, a Fórmula 1 é esse jogo de cartas marcadas. Está certo Juca Kfouri quando diz que a Fórmula 1 não é mais esporte nem competição, mas um grande negócio (escuso, acrescento). Hoje, o piloto “compra” a equipe, via patrocinadores, como acaba de fazer Alonso, com apoio do Santander etc. Aí, ganha automaticamente a condição de “número um”, mesmo sendo pior que o companheiro de equipe, que passa a ser seu escada (é o caso de Massa). E, se tiver algum talento e o melhor carro da temporada, ganha “comprado” o título, exatamente como pode acontecer este ano com Alonso.

Há anos, é essa palhaçada, e a mídia sabe, mas mente e omite. Schumacher “comprou” dessa mesma maneira pelo menos quatro de seus sete títulos mundiais, tendo Barrichello como escada. A mídia foi sempre omissa e mentiu, por exemplo, no caso de Rubinho, e nunca hesitou em tachá-lo de “pé-de-chinelo” e “eterno vice”, o que caiu na boca do povo. Schumacher era visto como novo ícone (de papelão) da Fórmula 1 e novo “mito” do automobilismo, até mesmo como o “rei do pit stop” (sempre “ultrapassava” Rubinho no reabastecimento e troca de pneus, como se a mídia não soubesse que isso ocorria por ordens da equipe).

No ano passado, Jason Button também “comprou” o título, tendo de novo Barrichello como escada. A equipe de Rubinho esmerou-se em favorecer o medíocre Jason Button nas sete primeiras provas, até fazer a mídia engolir que o britânico tinha, em razão daquelas vitórias dele, o “direito” de ser o número um da equipe. E lá veio de novo o “Rubinho pé-de-chinelo” e “eterno vice”.

Toda a temporada de 2009 foi essa gritante farsa, a mídia sempre omissa ou mentindo. Rubinho sem poder fazer nada: se chiasse, ficaria sem equipe de ponta, como pode acontecer agora com Massa, se não cumprir a “cláusula Barrichello’ incluída há questão de dias no seu novo contrato.

Quando Rubinho chiou pela primeira vez e deixou a Ferrari, afundou mais ainda e acabou sem equipe de ponta. Só anos depois, conseguiu de novo lugar ao sol, no ano passado, quando pôde voltar a chiar. Sua equipe estava com tanta folga na pontuação, por ter favorecido exageradamente Button, que pôde “deixar” o brasileiro voltar a sentir o gostinho da vitória. Mas a mídia já sabia que aquilo seria temporário e que Button voltaria a ser favorecido, porém mentia e omitia.

Já sabemos como terminou o Mundial do ano passado. Como Button havia aberto enorme diferença de pontos para os demais, isolando-se na liderança, o comando da Fórmula 1 “solicitara” à equipe dele, a mesma de Rubinho, para que tirasse o pé do acelerador. A conquista do título por antecipação, sete ou seis corridas antes de terminar o Mundial, levaria a Fórmula 1 a prejuízo que a obrigaria a fechar as portas, até porque estávamos em meio à crise financeira.

E aí deu no que deu: Rubinho voltou a ganhar corridas, mas já estava escrito. Tão logo chegassem as últimas provas, Button retomaria as vitórias e seria o campeão, o que acabou acontecendo. Na época, soltei comentário denunciando isso. Pedia ao fã de Fórmula 1 para que não se iludisse. Dizia que a equipe de Button havia tirado o pé, mas que o britânico voltaria a vencer e que, já estava escrito, seria o campeão. Não deu outra. A mídia, de novo surda e muda a respeito.

O que a Ferrari fez domingo, no GP da Alemanha, todas fazem há décadas. E a equipe italiana não errou ao fazê-lo. A Ferrari só errou na forma como fez: administrada por incompetentes, o que inclusive lhe tem custado títulos, ela passou ridícula mensagem cifrada dos boxes a Massa, nos mesmos moldes das de Hitler e seu amigo Franco, da Espanha. Apenas demonstrou que não sabe encenar.

E não espere que a mídia venha a denunciar a Fórmula 1 e a esclarecer tudo. Vão punir (provavelmente) a Ferrari mais ainda, mas encobrir essa farsa que é hoje a categoria, e vai ficar por isso mesmo, sob os aplausos da mídia.

Nem há, no Brasil, como a mídia denunciar e fazer jornalismo minimamente autêntico na Fórmula 1. A Rede Globo está amordaçada, pois detém os direitos de transmissão, o que lhe ajuda muito no caixa, e não pode abrir o bico. Ela é quase sócia da F-1. E só condena agora a Ferrari porque precisa de bode expiatório para “esconder” o que de fato ocorre na categoria: essa farsa toda.

O restante de nossa mídia, especialmente a impressa, também está amordaçado. Tão logo se tornou essa espécie de “sócia” da Fórmula 1, precisando a qualquer preço preservar o precioso negócio, a Rede Globo tratou logo de ir contratando jornalistas que cobrem a F-1, principalmente da mídia impressa. Sempre precisou calar todo mundo para não pôr em risco o negócio.

No começo dos anos de 1970, chamou Reginaldo Leme, do Esportes do Estadão, para o qual escreve até hoje. E o Grupo Globo não parou mais, até chamar recentemente Livio Oricchio, também do Estadão. Se você lê os textos de ambos ou acompanha os comentários, nunca encontra essas verdades. E eles não têm culpa de nada, pois, se abrirem o bico, perdem o emprego.

Nos demais veículos, o mesmo: completa mudez e surdez, ora porque o jornalista é incompetente, ora porque aspira chegar um dia à Rede Globo, daí nunca abrir o bico para valer. Quando não mente, omite. Por exemplo, se você for agora (11 da manhã de 27/7/2010) ao site da UOL, pode ouvir áudio de Fábio Seixas, encarregado de cobrir F-1, omitindo tudo isso e também mentindo.

Seixas sabe, por exemplo, que Massa renovou recentemente contrato com a Ferrari e viu-se obrigado a assinar a tal da “cláusula Barrichello”. A própria UOL, para quem ele trabalha, e a mídia européia noticiaram isso. Por que, nem mesmo nesse escândalo envolvendo Massa e Alonso, ainda não o vi levantar isso devidamente? Era a grande oportunidade, a brecha ideal. E você nunca sabe se é incompetência dele ou se omite e mente para se preservar.

Seixas está entre os primeiros a dizer que a Ferrari precisa ser punida exemplarmente, por denegrir mais uma vez a categoria e ser a grande culpada. Foi também um dos primeiros a culpar Felipe Massa, dizendo ter sido muito feio o que o piloto fez. Ora, feio é o que ele e toda a nossa mídia especializada vêm fazendo.

O que todos precisam, agora, é empenhar-e para que os “culpados” apareçam e sejam punidos, de tal maneira que a Fórmula 1 possa sair ilesa. E os fãs, que até aqui foram feitos de palhaços, começam a minguar. Só para mim, 18 disseram por e-mail que não vão mais acompanhar, decepcionados com a Fórmula 1.