sexta-feira, 16 de março de 2012

Perefeito Xico Sá

Por favor, devolva minha cerveja sagrada

Noves fora exigências imorais e ilegais da Fifa, por favor, devolva a minha cerveja sagrada no estádio.
Não podemos pagar eternamente pelos vândalos  e pela máfia.
No tempo em que se bebia com o Maracanã lotado, mais de cem mil lá dentro, era tudo menos violento.
Idem no Arruda ou na Ilha de Lost do Recife.
Devolva-me, prezada otoridade.
Sem essa de Copa do Mundo, estou falando em qualquer Bangu x Madureira, qualquer Salgueiro x Araripina, qualquer Bavi da vida, qualquer Sport x Santa, qualquer 4 de Julho de Piripiri x River, qualquer Galo x Tupi de Juiz de Fora.
Rato de arquibancadas desde menino, quando testemunhava as pelejas de Icasa x Guarani no Romeirão, em Juazeiro, aproveito o debate copeiro para exercitar o meu esperneio jurídico: devolva a nossa sagrada cerveja gelada.
Nós, os considerados torcedores decentes, não podemos continuar nesse castigo eterno por causa da minoria baderneira. Com ou sem bebida, eles irão aprontar do mesmo jeito –o Estado que ache uma maneira de freá-los e garantir a paz aos homens ludopédicos de boa vontade.
Futebol sem cerveja é uma lástima, não orna, não combina, fica faltando alguma coisa, é namoro sem beijo, Romeu sem Julieta, é como ir a Roma e não ver o Papa.
E quando nosso time anda mal das pernas, Deus nos acuda, como agüentar sem molhar a goela?
Na ascensão ou na queda do nosso onze, urge uma loira que nos socorra, facilita bastante e melhora a qualidade da pelada.
Nesse sobe e desce, nesse Elevador Lacerda que é o futiba, carecemos -mais do que nunca!- das espumas flutuantes, como nos afiança neste pleito o bardo Castro Alves.
Tempo desses houve uma tentativa do retorno do precioso líquido em São Paulo.Nada feito, mesmo com um representante de Deus, o padre Marcelo Rossi, como avalista publicitário da causa.
Conhecedor da história, o famoso vigário sabe que a cerveja é invenção dos mosteiros. Por esta razão e com uma ajudinha monetária de cartolas e cervejarias, fez a defesa da bebida. Necas de pitibiriba. Os homens da lei jogaram duro.
Proibir rende votos. Jânio Quadros, que enxugava todas, sabia disso. E está aí o Kassab, a sua versão zero álcool, que copia a mesma onda.
Se um servo de Deus não obteve êxito, como o padre midiático, resta a nós, humildes pecadores, rogarmos às autoridades: devolvam o nosso prazer de testemunhar um jogo decentemente no campo.
Antes uma cervejinha livre do que o câmbio negro que rola em algumas praças. Tem também a máfia dos camarotes Vips que nunca sofreram com a lei seca. Os homens do Morumbi que o digam.
Sem se falar na massa, obrigada a comer toda água do mundo antes do começo das partidas. Ai adentra o estádio chamando Jesus de Genésio. Bronca na certa. Não seria melhor beber aos pouquinhos lá dentro?
O futebol é um engradado de surpresas. Tem algo que combine mais com um jogo do que uma cerveja gelada?

Perefeito Xico Sá

Por favor, devolva minha cerveja sagrada

Noves fora exigências imorais e ilegais da Fifa, por favor, devolva a minha cerveja sagrada no estádio.
Não podemos pagar eternamente pelos vândalos  e pela máfia.
No tempo em que se bebia com o Maracanã lotado, mais de cem mil lá dentro, era tudo menos violento.
Idem no Arruda ou na Ilha de Lost do Recife.
Devolva-me, prezada otoridade.
Sem essa de Copa do Mundo, estou falando em qualquer Bangu x Madureira, qualquer Salgueiro x Araripina, qualquer Bavi da vida, qualquer Sport x Santa, qualquer 4 de Julho de Piripiri x River, qualquer Galo x Tupi de Juiz de Fora.
Rato de arquibancadas desde menino, quando testemunhava as pelejas de Icasa x Guarani no Romeirão, em Juazeiro, aproveito o debate copeiro para exercitar o meu esperneio jurídico: devolva a nossa sagrada cerveja gelada.
Nós, os considerados torcedores decentes, não podemos continuar nesse castigo eterno por causa da minoria baderneira. Com ou sem bebida, eles irão aprontar do mesmo jeito –o Estado que ache uma maneira de freá-los e garantir a paz aos homens ludopédicos de boa vontade.
Futebol sem cerveja é uma lástima, não orna, não combina, fica faltando alguma coisa, é namoro sem beijo, Romeu sem Julieta, é como ir a Roma e não ver o Papa.
E quando nosso time anda mal das pernas, Deus nos acuda, como agüentar sem molhar a goela?
Na ascensão ou na queda do nosso onze, urge uma loira que nos socorra, facilita bastante e melhora a qualidade da pelada.
Nesse sobe e desce, nesse Elevador Lacerda que é o futiba, carecemos -mais do que nunca!- das espumas flutuantes, como nos afiança neste pleito o bardo Castro Alves.
Tempo desses houve uma tentativa do retorno do precioso líquido em São Paulo.Nada feito, mesmo com um representante de Deus, o padre Marcelo Rossi, como avalista publicitário da causa.
Conhecedor da história, o famoso vigário sabe que a cerveja é invenção dos mosteiros. Por esta razão e com uma ajudinha monetária de cartolas e cervejarias, fez a defesa da bebida. Necas de pitibiriba. Os homens da lei jogaram duro.
Proibir rende votos. Jânio Quadros, que enxugava todas, sabia disso. E está aí o Kassab, a sua versão zero álcool, que copia a mesma onda.
Se um servo de Deus não obteve êxito, como o padre midiático, resta a nós, humildes pecadores, rogarmos às autoridades: devolvam o nosso prazer de testemunhar um jogo decentemente no campo.
Antes uma cervejinha livre do que o câmbio negro que rola em algumas praças. Tem também a máfia dos camarotes Vips que nunca sofreram com a lei seca. Os homens do Morumbi que o digam.
Sem se falar na massa, obrigada a comer toda água do mundo antes do começo das partidas. Ai adentra o estádio chamando Jesus de Genésio. Bronca na certa. Não seria melhor beber aos pouquinhos lá dentro?
O futebol é um engradado de surpresas. Tem algo que combine mais com um jogo do que uma cerveja gelada?

quinta-feira, 15 de março de 2012

Fiasco


Empatar com o Nacional do Amazonas é pracabá...
Mas não fazer gols num time que nem na D está é dematá

Deu uma saudade desse tempo




Sugestão de leitura do Aron via Folha

Livro explica por que não lemos mais livros














Terminei de ler “A Geração Superficial – O que a Internet Está Fazendo com Nossos Cérebros” (Ed. Agir), de Nicholas Carr.
Carr é um jornalista e autor (“The Guardian”, “The New York Times”, “Wall Street Journal”), especializado em cultura e tecnologia.
“A Geração Superficial”, finalista do prêmio Pulitzer na categoria “não-ficção”, fala sobre como a Internet está “moldando” nossos cérebros e criando uma geração de leitores com pouca capacidade de concentração e compreensão de texto.
Carr não é um homem das cavernas. Muito pelo contrário: é um autor “conectado”: tem site, tem blog, escreve sobre novas tecnologias. Seu livro não demoniza a Internet, apenas relata um processo claro e irreversível.
A tese de “A Geração Superficial” é simples: nosso cérebro se adapta às condições das tecnologias que usamos. E a Internet, por incentivar uma overdose de informações superficiais e cheias de “distrações” – links, hipertextos, janelas, etc. – está nos transformando.
Carr cita pesquisas que mostram a dificuldade de concentração demonstrada por usuários de computadores. Ler livros, diz ele, é uma tarefa cada vez mais difícil para um número cada vez maior de pessoas.
Acho que isso não é novidade para ninguém. Qualquer um de nós pode citar exemplos práticos: quantas vezes você não ficou sem acesso à Internet por algumas horas, só para perceber, depois, que esse tempo “desconectado” não lhe fez nenhuma falta?
O mérito do livro de Carr é explicar esse fenômeno por meio de estudos e pesquisas. É fascinante.
Assim, me pego numa posição paradoxal: indico um livro sobre como ninguém mais consegue ler um livro. Sinal dos tempos?
Quer outro “sinal dos tempos”? Carr é membro do conselho editorial da “Enciclopédia Britânica”. No mesmo dia que terminei de ler o livro, veio a notícia de que a “Britânica” vai acabar com sua versão impressa, depois de 244 anos.

quarta-feira, 14 de março de 2012

Boa Dica da querida Fernanda Ferreira




Peruca, Pizza e Pitadas de Químio – Relatos bem-humorados de um tratamento de sucesso contra o câncer

O livro Peruca, Pizza e Pitadas de Químio – Relatos bem-humorados de um tratamento de sucesso contra o câncer traz uma incrível história de superação contada por meio dos relatos diários da sóciologa Ivani Rossi. Quando recebeu o diagnóstico de um câncer, Ivani decidiu que iria arregaçar as mangas e encarar essa batalha com muito otimismo. Durante seu tratamento, enviava e-mails diariamente para seus filhos que moravam fora do Brasil, relatando tudo o que estava enfrentando enquanto passava pelas dolorosas doses de quimioterapia. O que era para ser algo triste e sério, nas mãos de Ivani se transformou em mensagens recheadas de bom humor, alegria, divagações e histórias engraçadas. Com o tempo, mais e mais amigos foram incluídos nesses e-mails, que passaram a ser carinhosamente chamados de IvaNews. Das primeiras experiências com uma peruca, até as pizzas com as amigas e a família, Ivani fazia com que muitas vezes todos esquecessem de que estava enfrentando a doença. Com texto bem leve e informal, Peruca, Pizza e Pitadas de Quimio é um livro para apreciar a alegria de viver. O livro conta ainda com o prefácio de Wellington Nogueira, fundador do Doutores da Alegria, uma ONG que ajuda crianças em recuperação usando alegria, bom humor e diversão como elementos fundamentais do tratamento.


A autora: Ivani Rossi nasceu na cidade de São Paulo, em 1946. Formada em Ciências Humanas pela PUCSP especializou-se em Análise do Comportamento do Consumidor, área em que atuou profissionalmente por muitos anos. Apaixonada por viagens e fotografia, rodou o mundo em busca de belas histórias de vida. O diagnóstico do câncer provocou uma revolução em seu cotidiano. Após vender a empresa de pesquisa e diminuir sensivelmente o volume de trabalho, Ivani descobriu seu enorme prazer em escrever.

A editora: A Pulp Ideias e Conteúdo é especializada na produção e edição de conteúdo. Através de pesquisas de campo, viagens de investigação e curadoria de informação, forma seu banco de inteligência criativa. Como resultado, desenvolve blogs, revistas customizadas, guias de viagens, livros, conteúdo para sites e projetos especiais. Desde o começo de 2010 vem trabalhando na edição de livros.

Ficha técnica:
Título: Peruca, Pizza e Pitadas de Químio
ISBN: 978-85-63144-19-5
Autor: Ivani Rossi
Editora: Pulp Edições (www.pulpideias.com.br)
Tamanho: 256 páginas – 14x21cm (brochura)
Preço de capa: R$ 45,00