Meu querido Rafael escreveu sobre o Coritiba e me citou. Respondi e publico aqui o artigo dele e minha resposta.
Rafael Alaby Posted: November 28, 2011 19:07 PM
28Nov
O surpreendente Coritiba chega forte por vaga na Libertadores de 2012
Comendo pelas beiradas, o Coritiba, do competente técnico mineiro Marcelo Oliveira, virou forte candidato à vaga na Copa Libertadores de 2012. Há duas rodadas, talvez nem o mais otimista torcedor do Coxa acreditava que o time brigaria pelo G-5. No entanto, os paranaenses venceram duas partidas seguidas em casa (contra Santos e Avaí), ambas pelo placar mínimo e entraram no pelotão de elite pela primeira vez.
O sonho da Libertadores está cada vez mais próximo de ser concretizado. Basta vencer o rival Atlético-PR na última rodada, na Arena da Baixada. A torcida coxa-branca pode ter uma tarde inesquecível. Além de retornar ao torneio sulamericano após 26 anos, pode presenciar o maior rival sendo rebaixado à série B. Meu colega dos tempos de TV Bandeirantes e torcedor fanático do Coxa, o jornalista Marcos Freitas dá a exata dimensão do clássico de domingo. “Não há palavras para descrever. Mas sei que será o maior Atle-Tiba do resto de nossos dias”.
O Coritiba esteve perto de obter a vaga para a Copa Libertadores no primeiro semestre desse ano, porém perdeu a decisão para o Vasco. Caso obtenha o passaporte no dia 5 de dezembro, via Campeonato Brasileiro, dará um grande presente de Natal à sua fantástica torcida!
Não há craques no Coritiba, que acaba se destacando pelo conjunto e ótimo trabalho do técnico Marcelo Oliveira, que assumiu o time no início de 2011, por indicação do ex-treinador Ney Franco. Oliveira ajudou o clube a bater recorde histórico. Sob o seu comando, o Coxa chegou a 22 vitórias seguidas no início da temporada, superando a marca do forte Palmeiras de 1996.
Espero que a diretoria mantenha Oliveira por um bom tempo e reforce ainda mais o elenco para que o time possa dar mais alegrias em 2012.
Meu Comentário
Olá querido Rafael.
Obrigado pela lembrança.
Estamos sim muito entusiasmados com a possibilidade de conquistar uma vaga na Libertadores depois de seis anos e não 26 anos como você escreveu. Afinal, disputamos o torneio em 2004 por termos ficado em 5º no Campeonato Brasileiro de 2003.
Em 2011 crescemos no momento certo e dependemos apenas de nós mesmos. O problema é que AtleTiba não tem favorito nunca. Eles jogam a vida nesse jogo. Há ainda um tabu de mais de três anos sem resultados positivos contra a gente. Sem falar que conquistamos o bicampeonato paranaense de forma invicta, antecipada e com direito a goleada na casa deles, o mesmo palco do clássico deste domingo. Eles estão mordidos conosco.
Certamente será o AtleTiba mais importante até agora nestes 87 anos de confronto. Vale lembrar que o primeiro jogo entre rubro-negros e alviverdes aconteceu em 8 de junho de 1924 e o Coritiba venceu por de 6 a 3.
Voltando para os dias atuais, o que não surpreende (parafraseando o título de sua coluna) é como a imprensa do eixo ignorou tamanha façanha: um time que estava praticamente fora da disputa por conta da baixa probabilidade, desafiou os números e se colocou como um dos favoritos à consquista da vaga ao principal torneio sulamericano.
Nenhum jornal destacou isso: O Coritiba pôs a prova matemáticos, estatísticos, jornalistas, boleiros e palpiteiros.
Ainda que o jornalismo seja feito também do curioso, do inusitado. Além de noticia, claro. Pois o curioso, o inusitado foi ignorado pela "grande" mídia.
Se fosse qualquer outra equipe paulista ou carioca, seria um verdadeiro carnvaval. Posso imaginar as manchetes: Incrível! Extraordinário!! Contra os números, esse time conseguiu o que ninguém previa, e por aí vai.
Mas isso não aconteceu porque o clube não representa ninguém daqui ou do Rio, o que prova o provincianismo que ainda se apega a imprensa esportiva das duas maiores cidades deste País. Você sabe que falo com conhecimento de causa pois trabalho aqui e convivo com isso diariamente.
O mesmo raciocínio vale para o recorde mundial de vitórias consecutivas (foram 24 e não 22 como você escreveu). Algo magnífico se fosse alcançado por alguém destas bandas e que praticamente foi ignorado pela imprensa do eixo.
Para se ter uma idéia, no dia seguinte à confirmação pelo Guiness Book deste feito, nenhum. Eu disse nenhum jornal do Rio de Janeiro ou de São Paulo destacou isso.
Rafael, o Coritiba não precisa desse reconhecimento, não dessa mídia parcial. Mas o jornalismo esportivo sim necessita desta isenção. Poderia aqui lembra de outras dessas, como a péssima atuação de Sálvio Spínola, na final da Copa do Brasil, que nos tirou o título com direito a não marcação de penalti claro e que foi ignorado na transmissão e também pelos programas esportivos. Mas acho que não é a hora. O momento é de se concentrar para uma das semanas mais importantes de nossa história e que pode nos dar uma alegria eterna num ano que já é inesquecível.
Abraços e saudações alviverdes do Alto da Glória.
Obrigado pela lembrança.
Estamos sim muito entusiasmados com a possibilidade de conquistar uma vaga na Libertadores depois de seis anos e não 26 anos como você escreveu. Afinal, disputamos o torneio em 2004 por termos ficado em 5º no Campeonato Brasileiro de 2003.
Em 2011 crescemos no momento certo e dependemos apenas de nós mesmos. O problema é que AtleTiba não tem favorito nunca. Eles jogam a vida nesse jogo. Há ainda um tabu de mais de três anos sem resultados positivos contra a gente. Sem falar que conquistamos o bicampeonato paranaense de forma invicta, antecipada e com direito a goleada na casa deles, o mesmo palco do clássico deste domingo. Eles estão mordidos conosco.
Certamente será o AtleTiba mais importante até agora nestes 87 anos de confronto. Vale lembrar que o primeiro jogo entre rubro-negros e alviverdes aconteceu em 8 de junho de 1924 e o Coritiba venceu por de 6 a 3.
Voltando para os dias atuais, o que não surpreende (parafraseando o título de sua coluna) é como a imprensa do eixo ignorou tamanha façanha: um time que estava praticamente fora da disputa por conta da baixa probabilidade, desafiou os números e se colocou como um dos favoritos à consquista da vaga ao principal torneio sulamericano.
Nenhum jornal destacou isso: O Coritiba pôs a prova matemáticos, estatísticos, jornalistas, boleiros e palpiteiros.
Ainda que o jornalismo seja feito também do curioso, do inusitado. Além de noticia, claro. Pois o curioso, o inusitado foi ignorado pela "grande" mídia.
Se fosse qualquer outra equipe paulista ou carioca, seria um verdadeiro carnvaval. Posso imaginar as manchetes: Incrível! Extraordinário!! Contra os números, esse time conseguiu o que ninguém previa, e por aí vai.
Mas isso não aconteceu porque o clube não representa ninguém daqui ou do Rio, o que prova o provincianismo que ainda se apega a imprensa esportiva das duas maiores cidades deste País. Você sabe que falo com conhecimento de causa pois trabalho aqui e convivo com isso diariamente.
O mesmo raciocínio vale para o recorde mundial de vitórias consecutivas (foram 24 e não 22 como você escreveu). Algo magnífico se fosse alcançado por alguém destas bandas e que praticamente foi ignorado pela imprensa do eixo.
Para se ter uma idéia, no dia seguinte à confirmação pelo Guiness Book deste feito, nenhum. Eu disse nenhum jornal do Rio de Janeiro ou de São Paulo destacou isso.
Rafael, o Coritiba não precisa desse reconhecimento, não dessa mídia parcial. Mas o jornalismo esportivo sim necessita desta isenção. Poderia aqui lembra de outras dessas, como a péssima atuação de Sálvio Spínola, na final da Copa do Brasil, que nos tirou o título com direito a não marcação de penalti claro e que foi ignorado na transmissão e também pelos programas esportivos. Mas acho que não é a hora. O momento é de se concentrar para uma das semanas mais importantes de nossa história e que pode nos dar uma alegria eterna num ano que já é inesquecível.
Abraços e saudações alviverdes do Alto da Glória.
Marcos Freitas
Perfeito, Marcos. As correções foram feitas e as críticas também.
ResponderExcluirMuito bom texto, Marcos Freitas. Porém uma correção é necessária, na parte: "Além de retornar ao torneio sulamericano após 26 anos", pois o Coritiba foi à Libertadores de 2004.
ResponderExcluirOpa, acabei errando no comentário. Eu quis se referir ao texto do Rafael na correção e não o seu. Porém ambos são bons textos.
ResponderExcluirpois é , a grande midia cega seus olhos fora de rio e são paulo, as vezes ainda da alguma abertura pra minas e rio grande do sul, mas nosso time embora não tenha craques renmados tem jogadores que poeriam muito bem estar numa seleção brasielira, considerando os pernas de pu que ja passaram lá so pra valorizar o passe... como o rafinha e o dnizetti, qtos clubes gostariam de te-los em seu elenco?
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