quinta-feira, 19 de abril de 2012

Porque bom mesmo é se divertir

Texto originalmente publicado em: http://regisfrias.com/random/iniquidade/porque-bom-mesmo-e-se-divertir/






Quem não gosta de ver um bom filme, assistir a um grande espetáculo de música? Quem não gosta de se divertir? 
Costumo dizer que nasci pra isso. Uns são bons pais, outros músicos famosos, outros professores inesquecíveis. 
Eu quero ser conhecido como aquele cara que sabia se divertir. 
Dou grande valor isso. Desde piá. 
Porém, sempre soube que divertimento custa caro. E que para mantê-lo é preciso trabalhar. Escolhi o jornalismo porque vi aqui uma profissão divertida. E pode até se encaixar – me perdoem os colegas mais puritanos - na indústria do entretenimento. 
A saber, uma das que mais cresce e fatura no mundo. 


Segundo a consultoria PriceWaterHouse Coopers, no Brasil o setor cresceu 15% ano passado. E a tendência é que deva seguir pelo menos na taxa 10% ao ano até 2014. 
No continente os números também são animadores: a América Latina foi a região que apresentou maior expansão nos últimos cinco anos. Em 2010 movimentou 66 bilhões de dólares. Metade disso no Brasil que ocupa a 10ª colocação no ranking mundial. 


Só pra citar a música, não por acaso bandas consagradas e grandes festivais desembarcam por aqui a cada verão.
Para ficar com os mais recentes analisemos: o Lolapalooza que trouxe o Foo Fighters após quase duas décadas de espera e a fabulosa Ópera Rock The Wall, trazida pelo ex-Pink Floyd, Roger Water. 
No primeiro, grandes bandas se apresentaram para mais de 120 mil pessoas em dois dias de festival que os organizadores já confirmaram novas edições por aqui. 
O mesmo sucesso teve o The Wall: a turnê passou por três capitais e lotou os estádios nas quatro noites em que se apresentou.
Poderíamos ainda citar a turnê do U2, que fincou no Morumbi suas garras gigantes - no magnífico 360º - e que completa um ano de aparição por aqui naquela que é a mais cara e também a turnê que mais arrecadou na história do show bizz. Segundo a revista Rolling Stone: A excursão musical dos irlandeses arrecadou US$ 293 milhões (mais de R$ 545 milhões) em 44 shows com ingressos esgotados, com um total de 2,8 milhões de pessoas nos últimos 12 meses. A turnê teve início em Barcelona, em 2009, sendo concluída em julho de 2011, no Canadá.


Tive a oportunidade de ver todos esses espetáculos, mas confesso que está em curso um festival que eu realmente gostaria de estar, ou melhor, ter estado: o Coachella 2012. Não apenas pelo impressionante o line-up:







Mas pelo que aconteceu no último final de semana:
A tecnologia “ressuscitou” um famoso rapper americano.
Ao preço de US$ 100 milhões, a Digital Domain Media Group, colocou no palco do Festival Coachella, Tupac Shakur cantando ao lado de Dr. Dre e Snoop Dogg
Isso mesmo estúdio que foi responsável pelo Brad Pitt envelhecido de O Estranho Caso de Benjamin Button e também por animações em Tron e X-Men ressucitou o rapper morto em 1996. E mais: anuncia uma turnê do Tupac bidimensional.









Voltando a aparição, veja o que deixou registrado o colunista Leonardo Mendes Júnior, da Gazeta do Povo:


”Quando Tupac surgiu no palco, por um instante aqueles que defendiam a tese de que ele forjou sua morte, como uma versão rapper de Elvis Presley, realmente acreditaram estar certos. As tatuagens expostas no dorso e nos braços, os trejeitos, a voz, tudo era perfeito. Só mesmo vivo ele poderia gritar “Hey, Coachella”, considerando que o festival foi criado depois da sua “Tupac Shakur morte”. E somente vivo ele poderia cantar pela primeira vez em um show “Hail Mary”, música lançada depois de ele ter sido alvejado em Las Vegas.


Tupac Shakur não estava - e não está - vivo. Morreu em 13 de setembro de 1996, vítima de tiros disparados sete dias antes, pouco depois de deixar o cassino em que assistiu ao amigo Mike Tyson enfrentar Bruce Seldon (se puderem, vejam One Night In Vegas, documentário sobre a relação entre Iron Mike e 2Pac).

http://www.gazetadopovo.com.br/blog/bolanocorpo/?id=1245261&tit=didi-zizinho-e-socrates-no-meio.-garrincha-e-leonidas-no-ataque.-por-que-nao-em-


Sobre a tecnologia empregada no show, o The Wall Street Journal, deu grande destaque a “ressurreição” do artista.  para “desvendar” o segredo da volta de Tupac.  Os produtores dizem que o truque já é usado desde 1862 e que apenas o melhoraram utilizando a computação. Mas deixam escapar que há investimento para muitas surpresas que ainda estão por vir.




http://online.wsj.com/article/SB10001424052702304818404577348243109842490.




São boas notícias para nós, futuros (?) gestores da cominucação em mídias digitais. Em tudo o que tratamos nessas mal traçadas linhas há demanda para quem trabalha com informação e, principalmente, para aqueles que se especializarem nas inumeras ferramentas presentes nas mídias digitais.


Portanto, mão a obra. A diversão está garantida.

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