Luto. Palavra que poderia ser o verbo não o substantivo. Eu Luto. Essa sim seria a melhor conjugação para simplificar a vida de minha mãe, Halina Freitas.
Lutou bravamente a vida toda. Venceu quase sempre. Nos ensinou a sermos fortes e a lutar.
Mas nesse momento acho que não conseguimos.
A dor é muito grande. Mas a intensidade dela é que incomoda. Hoje, 24 horas após enterrarmos nossa querida mãe, ainda estamos sem chão.
Eu e a minha irmã Marcia não tivemos tempo de chorar ou ler as centenas de mensagens que recebemos de amigos e familiares.
Aqui agradecemos a todos. Mas é pouco.
Pedimos orações por nossos familiares que ainda estão chocados com a notícia. Dona Halina sempre foi um dínamo e não imaginávamos que a força dela se apagaria tão cedo.
Minha avó, Stefânia – mãe de D. Halina -, é a que mais precisa de amparo. Do alto de seus 84 anos essa mulher que já enfrentou uma guerra e os horrores do nazismo, atravessou o oceano Atlântico com duas crianças a tiracolo, fez a vida aqui em Curitiba, hoje sofre com a perda da filha mais velha.
Ainda não conseguimos saber o que vamos fazer, talvez eu volte a morar em Curitiba. Não me sinto à vontade em deixar minha irmã sozinha. Mas tudo e nebuloso.
O telefone toca, muita gente não ficou sabendo e a romaria aqui em casa é inevitável.
Ao invés de sermos amparados temos que consolar os amigos de D.Halina que teimam em acreditar nessa peça do destino.
Mas é só o começo. Estamos cientes disse e a vocês pedimos orações.
Discorrer sobre os feitos ou importância dela em nossa vida é chover no molhado. Quando tiver tempo e forças vou reproduzir aqui, para que fiquem perpetuadas, as mensagens que recebemos de amigos carinhosos. Muitos atravessaram estados para estar com gente. Cada palavra mostra o quanto ela foi importante não apenas para nós filhos.
E isso nos alegra muito.
Mas o momento é o mais difícil que já vivi, nem a perda do meu pai, há 20 anos, foi tão forte. Agora a casa está vazia.
Mas a presença dela ainda é marcante.
Até as flores e os animais sentem isso.
Aproveito a oportunidade para agradecer as homenagens dos amigos e parentes, do Coritiba, da imprensa, enfim, de todos que estiveram presentes nesse momento de dor e luto.
Está marcada para a próxima quarta-feira, ás 19h30, a missa de sétimo dia. Acontece na igreja da Barreirinha, em Curitiba.
Obrigado.
Agora eu entendo porquê ela gostava tanto de vocês.
Ela sabia conjugar o verbo amar como ninguém.
Ela sabia conjugar o verbo amar como ninguém.
Nenhum comentário:
Postar um comentário