Os encontros alimentam a vida
Pode-se dizer que a vida se constitui de uma série de encontros. Se cada um olhar para a sua história irá se lembrar de uma quantidade enorme de situações, as quais possibilitaram conhecer alguém que despertou algum interesse.
Encontros acontecem por acaso, via intermediação ou por contingência. Alguns são inesquecíveis; existem os passageiros, os eternos e aqueles que fazemos questão de não recordar. Para mim, independente da duração ou do significado, cada encontro tem a sua importância.
Considero que um encontro é uma oportunidade única de conhecer outra pessoa, de olhar e ouvir alguém que se deixarmos escapar, esse contato jamais se repetirá. Por isso, encontrar é ter coragem de enfrentar o novo e, às vezes, o desconhecido.
Tem encontro que apaixona. Tem encontro que vira amizade. Tem encontro que dá bom negócio. Tem encontro de alegria. Tem encontro em que nasce uma canção. Tem encontro que inspira poesia. Existem também os desencontros, tão válidos quanto os encontros, desde que vistos pelo que eles nos ensinam.
A gente vive de encontrar. Graças às redes sociais, hoje é relativamente fácil agendar encontros e reencontros. Embora  muitos se satisfaçam apenas com encontros virtuais, são nos espaços do mundo real que os olhos se cruzam, as pessoas ficam expostas, as mãos se apertam, os abraços aquecem, os corações disparam, a espontaneidade desabrocha – ou não; as portas se abrem, as luzem se acendem – ou se apagam, as palavras vibram, o vínculos nascem (ou nem começam); os afetos, de sementes passam a flores e o colorido da vida poderá ganhar outras tonalidades ou, no mínimo, diferentes texturas. Por aqui, fico. Até a próxima.
Leno F. Silva escreve semanalmente para Envolverde. É sócio-diretor da LENOorb – Negócios para um mundo em transformação e conselheiro do Museu Afro Brasil. É diretor do IBD – Instituto Brasileiro da Diversidade, membro-fundador da Abraps – Associação Brasileira dos Profissionais de Sustentabilidade, e da Kultafro – rede de empreendedores, artistas e produtores de cultura negra. Foi diretor executivo de sustentabilidade da ANEFAC – Associação Nacional dos Executivos de Finanças, Administração e Contabilidade. Editou 60 Impressões da Terça, 2003, Editora Porto Calendário e 93 Impressões da Terça, 2005, Editora Peirópolis, livros de crônicas.
(O Autor)