*A última ceia*
“Assim como parto este pão e o ofereço a vós como alimento físico, também ofereço meu pequeno corpo chamado Jesus para que seja torturado e crucificado, a fim de que com o exemplo de minha vida e de meu sacrifício possa vossa vida espiritual ser nutrida. Portanto, ao partir o pão, dar graças a Deus e comer, lembrai-vos sempre desta ocasião em que parti o pão para vós na véspera de meu sacrifício; celebrai-o como um símbolo de minha oferenda deste corpo em prol de vosso progresso espiritual e também de toda a humanidade.
“No cálice que vos ofereço, recebei o novo Testamento enviado por Deus através de mim para vossa libertação: a mensagem divina em cumprimento da qual meu sangue é derramado por vós. É preciso estar disposto a sacrificar tudo, mesmo a própria vida, com o objetivo de alcançar a libertação eterna na consciência de Deus. Este será o significado de minha crucificação. Bebei a sabedoria imortalizadora do cálice de meu supremo sacrifício na cruz, cujo propósito é inspirar a vós e a todos os povos do mundo a realizar os sacrifícios necessários para alcançar a consciência divina. Com isso, tereis encontrado o caminho para libertar-vos de sofrer as consequências que a lei de causa e efeito estabelece para vossas ações pecaminosas do passado.”
*Lava-pés*
“Jesus tinha vários propósitos ao lavar os pés dos discípulos. Em primeiro lugar, foi para mostrar-lhes o ideal da humildade expresso em serviço altruísta: “Vós me chamais Senhor da criação e Mestre ou Guru; e dizeis acertadamente, pois eu o sou por causa do desejo de meu Pai. Se eu, como vosso guru e uma autêntica manifestação da Consciência Crística que governa toda a criação, lavei humildemente vossos pés, então do mesmo modo deveis servir-vos uns aos outros. Pois vos dei um exemplo, para que façais com todos assim como fiz convosco.”
*O amor de Jesus*
“Somente quem tenha percebido o Infinito pode sondar o indescritível amor divino que se derrama por toda a criação – o amor de Cristo, o divino poder de atração que conduz todos os seres a uma harmonia cada vez maior e por fim os une de novo a Deus. Trata-se de um amor jamais maculado por qualquer traço de egoísmo, materialidade ou instinto mortal, não restrito pelas limitações que profanam mesmo o mais nobre dos amores humanos. O amor que habita as almas de todas as criaturas – a soma e perfeição do amor de todas as mães, todos os pais, todos os amigos, todos os que se amam –, esse é o amor de Cristo: o amor que o Pai refletiu na consciência de Jesus e de todos os mestres unificados com Deus.”
Paramahansa Yogananda, na obra *A Segunda Vinda de Cristo*
Como é profunda, tocante, a interpretação dos evangelhos de Jesus à luz da Yoga!
Você encontra a trilogia *A Segunda Vinda de Cristo*
Nenhum comentário:
Postar um comentário