segunda-feira, 24 de agosto de 2020

Dilmae

Criticada pelos leitores, questionada até por sua ombudsman, que chamou o editorial de sábado de “circo dos horrores”, a Folha reage como de hábito: apega-se ao abuso e, por arrogância, repete o insulto: publica o texto infeliz em outro de seus jornais, o Agora SP.

O único amarelo da Folha está no seu sorriso de deboche. O jornal zomba da democracia, submetendo-se ao governante autoritário que protege, fingindo censurar.

Escarnece das vítimas da ditadura que este mesmo governante representa, ao defender torturas e torturadores e ao ameaçar espancar um jornalista que indagava sobre o pagamento de R$ 89 mil à Primeira Dama.

A Folha, que emprestou veículos à polícia política ditatorial, está de novo umbilicalmente atrelada a um projeto autoritário. É a matriz do gabinete de ódio da grande imprensa. Ríspida com progressistas, mansa com fascistas.

A Folha já se jactou de ter o "rabo preso com o leitor". Será? Não parece, mesmo porque está, mais uma vez, amarrando-o à ultradireita, agora, em nome do austericídio.


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