quarta-feira, 6 de janeiro de 2010


Meu amigo Blogueiro e Roqueiro Luiz Carlos Betenheuser Jr é um daqueles Coritibanos que muito nos orgulha. Já disse aqui e repito: Luiz é o melhor bloguerio do Globoesporte.com. Fala e escreve do Coritiba como ninguém, entende o clube como poucos e ama a instituição de forma exemplar. Seus textos, cada vez melhores, nos fazem pensar muito além da própria notícia.
Aliás, nesse quesito, ele é imbatível: uma usina de informação é como o defino. Por esses dias ele postou um clipe que gosto muito e reproduzo aqui. A letra faz alusão ao apoio da trocida ao time e ao desejo que este clube retorne ao seu devido lugar.



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(Sisters of Mercy)
"Algumas pessoas se aproximam
com pouco entendimento
Algumas pessoas se aproximam
com muito mais
Eu não sei
por que você tem que ser tão complacente?
Eu quero mais
(e eu preciso de todo amor que puder)
(e eu preciso de todo amor que não posso ter)
(e eu preciso de todo amor que puder)
(e eu preciso de todo amor que não posso ter)"


Esse é pra mãe que adora essas flores







Os campos de tulipas fazem parte das atrações mais famosas da Holanda. A flor é símbolo do país e um de seus principais produtos de exportação. Se estiver planejando uma visita ao país, programe pra ir entre março e maio, pois estes campos só florescem na primavera de lá.



terça-feira, 5 de janeiro de 2010

O Brilhante e Polêmico Tom Capri mandou bem mais uma vez. O texto é longo mas esclarecedor:




Carta urgente a Denis Rosenfield. Toda a verdade sobre o MST e o direito de propriedade. Dedicado a amigos e a empreendedores do setor imobiliário que me acompanham, como Romeu Chap Chap, Ricardo Yazbek, Paulo Germanos, Raul Leite Luna, Abdul Waquil, Samuel Kon, Luciano Wertheim, Sergio Mauad, Jorge Hegedus, Basílio Jafet, Sergio Ferrador e tantos outros.

Oi, Denis. Custo a entender como um filósofo com doutorado na França, e anos dedicados com afinco ao estudo desta matéria, não tenha compreendido ainda o que são a propriedade privada, o Estado de Direito, o Movimento dos Trabalhadores Sem Terra (MST) e a vida regida pelo capital. A ciência autêntica já ergueu todos esses conceitos com muita precisão, não sei como eles não ficaram claros ainda para você. É o que encontro em seus livros e em seus artigos, como o que você publica no Estadão de 4/1/2010, no Espaço Aberto, página A2, do caderno principal, sob o título "(In)segurança Jurídica".

Por exemplo, seu livro "Reflexões sobre o Direito à Propriedade: Condição de Liberdade" não só demonstra que você não compreendeu o que é a propriedade privada, como nos traz uma noção bastante equivocada dela. A ciência já demonstrou suficientemente que a propriedade privada é, ao contrário do que você diz ("condição de liberdade"), privação e usurpação da própria liberdade.
Já seu outro livro, "A Democracia Ameaçada: o MST, o Teológico-Político e a Liberdade", traz também noções bastante equivocadas sobre MST, Estado de Direito, liberdade e democracia, e é preciso rever isto.




Comecemos por suas "reflexões" sobre a propriedade privada, presentes nesse seu primeiro livro que acabei de citar. Veja como ela de fato surgiu e como é o oposto do que você descreve.
Pesquisas e estudos "insuspeitos" (porque feitos há mais de 200 anos pela direita, inclusive dos EUA, e não pela esquerda - ver os trabalhos de Lewis Morgan, por exemplo) já comprovaram: a propriedade privada não é algo natural nem existiu sempre. Surgiu pelas mãos humanas há algumas dezenas de milênios, quando os agrupamentos ainda eram tribais e os espaços territoriais acabaram se tornando escassos, principalmente na Europa.
Com o inchamento populacional, os territórios que eram comunais e pertenciam às tribos (ou seja, pertenciam a comunidades e não a grupos de indivíduos) começaram a se expandir e a avançar sobre espaços vizinhos, dando início às guerras intertribais. As tribos (clãs etc.) tiveram de formar guerreiros para lutar pela preservação de seus territórios (geralmente, homens, porque as mulheres precisavam cuidar dos filhos).
Começa assim uma fase de conquistas territoriais na humanidade, que vai dar origem à propriedade privada e individual. Para preservar o novo espaço conquistado, a tribo viu-se obrigada a não só invadir a vizinha que a ameaçava, como a lhe usurpar tudo, pois só assim poderia conter qualquer ameaça.
Para conquistar a tribo vizinha e não se deixar dominar, ela precisava subordinar suas populações e as escravizar.
Os guerreiros invasores e conquistadores eram obrigados a determinar: "A partir de agora, este território é nosso, não mais de vocês". Nasce assim, na usurpação, a propriedade privada e individual. Com ela, a sociedade de classes, com dois tipos básicos de indivíduos: os que usurpavam e dominavam (os conquistadores) e os que eram forçados a se deixar usurpar e a dominar (os conquistados), como temos até hoje.

O território usurpado passava, então, para as mãos dos guerreiros que o conquistavam (geralmente, homens). Para preservá-lo, os conquistadores não tinham outra saída senão subordinar e escravizar a população que nele vivia, apropriando-se de tudo o que ali encontravam: o território, os bens e até mesmo as mulheres.
A subordinação e a escravização haviam se tornado imperativo, pois só assim era possível reprimir revoltas nos territórios ocupados. Ou seja, os conquistadores precisavam fazer daquele espaço sua propriedade privada e, principalmente, mantê-lo como tal. Como podemos ver, a propriedade privada não é em absoluto "condição de liberdade", mas mera usurpação, que inclusive demanda o uso da violência para que não escape das mãos. Por ser muito difícil manter sob seu domínio os espaços territoriais conquistados, os conquistadores tiveram de criar as instituições que aí estão até hoje, ainda que modernizadas, como o Estado, o poder, a política, a polícia, o militar etc.




Mais do que isso, eles precisaram inventar as leis, para sacramentar suas conquistas e todo aquele estado de violação e violência. O direito surge justamente nesse momento histórico da humanidade, para legitimar a usurpação da propriedade e a subordinação de uma classe pela outra. Isto já está cientificamente provado, não dá para não aceitar.
E ainda assim aquilo tudo não foi suficiente. Houve 'necessidade', também, da criação (o que ocorreu espontaneamente) de instrumentos e instituições como o Estado de Direito e, por fim, a democracia que temos hoje, com suas leis. Sem isto, não teria sido possível sacramentar nem sedimentar as práticas da apropriação dos espaços territoriais e da divisão de classes, legitimando as invasões e as conquistas. Era uma nova era, agora assentada na opressão e que atravessaria os séculos, até chegar aos nossos dias. Fica claro, dessa maneira, que a prática da apropriação privada e individual de um território pertencente a uma comunidade --- ou mesmo de um espaço virgem ainda não ocupado pelo homem --- não passa de violência e violação.

Resumindo, Denis, apropriação privada e individual é violação do mais sagrado dos direitos humanos, que é o da propriedade comunal, cada um evidentemente com seu quinhão, para que os povos (e não apenas alguns indivíduos) possam nela se estabelecer e viver em paz.
Foi essa mesma violência e violação que os europeus praticaram durante a colonização, tanto nas Américas quanto na África. Mesmo o espaço territorial que ainda esteja virgem e não tenha sido ocupado é de propriedade da humanidade e de todas as formas de vida nele existentes, ou seja, da comunidade que eventualmente nele puder se instalar, preservando o meio ambiente. Portanto, toda usurpação de território por alguns indivíduos ou classes de indivíduos só pode ser vista como crime de lesa-humanidade.
Na sociedade em que vivemos (que é de talhe capitalista, nas suas mais distintas formas e especificidades), essa usurpação e apropriação privada e individual dos espaços é amparada pela lei. E, mais, conta com a ausculta e o controle do Estado, da política, da polícia etc. (das instituições, enfim), pois o capital não sobrevive onde não há "liberdade" para usurpar e se apropriar privada e individualmente. As instituições aí estão justamente para isso: garantir o direito de propriedade individual, seja de um pedaço de terra, de força de trabalho usurpada de um trabalhador ou de um bem qualquer, como acontece hoje.




Por quê? Porque o direito de propriedade é essencial ao capitalismo, um não sobrevive sem o outro.
Quando o europeu ocupou o continente americano, violou os espaços territoriais dos índios e neles se estabeleceu. Depois, criou leis e instituições como o Estado de Direito e a democracia para que aqueles mesmos espaços conquistados permanecessem eternamente em suas mãos. Como foi difícil usurpar os territórios indígenas e estabelecer-se neles, os colonizadores tiveram de fazer mais do que instituir o Estado de Direito e a democracia: ao mesmo tempo, dizimaram tribos inteiras. Embora você veja o MST como uma ameaça ao Estado de Direito e à segurança jurídica, e ele o é, o movimento age hoje da mesma forma que os europeus colonizadores: sem terra, quer seu quinhão daquele espaço territorial usurpado pela colonização e que hoje está nas mãos, em sua esmagadora maioria, das classes dominantes.

E a violência praticada pelo MST não chega nem aos pés da dos europeus, quando do Descobrimento e do genocídio promovido tanto aqui na América do Sul quanto na Central e do Norte.
Não esqueça, Denis, que aquele foi um genocídio tão ou mais criminoso que o holocausto, ambos apoiados e estimulados pela Igreja Católica, a mesma que hoje, por uma de suas alas de esquerda --- a Teologia da Libertação ---, tenta se redimir apoiando o MST. Não é irônico? Pouco importa se, como você diz, o MST é formado por "militantes egressos das alas mais à esquerda do PT" ou por comunistas e socialistas radicais que querem impor o socialismo ao País e acabar por aqui com a sociedade de mercado. Tenha a cor e a bandeira que tiver, o MST está na dele e não reivindica nada mais do que reivindicava o capitalismo emergente europeu, quando ocupou as Américas e a África, expropriando territórios com o uso da violência.

É claro que a ação do MST, você está certo, busca a relativização desse direito de propriedade, portanto, visa a desestabilizar o Estado de Direito e a "democracia" que aí estão, para fazer prevalecer seus direitos. E que, se viesse um dia a ser bem sucedido, faria enorme estrago nas nossas instituições.
Está bem claro também que a desestruturação da sociedade moderna não é viável nem desejável para ninguém, no presente momento histórico, por mais irracional que seja nossa estrutura social. Milhões de vidas humanas estariam ameaçadas e assistiríamos, no mínimo, a um banho de sangue tão hediondo quanto o dos maiores genocídios. Não só é utópico como burro enveredar para uma dessas agora.


Mas é preciso fazer uma leitura minimamente correta do que rola na nossa sociedade, em especial, do MST. Você tem obrigação, como filósofo e pensador, de saber o que realmente significam instituições como o Estado de Direito, a propriedade privada, a democracia, o MST etc. É muita ingenuidade acreditar, como você faz, que (com o MST) "aquela desastrosa experiência socialista e totalitária do século 20 está sendo progressivamente esquecida para dar lugar à reanimação desse morto-vivo, só que com outro nome (o socialismo do século 21)". Se aquilo se mostrou, concordo com você, desastroso com toda a força e o poderio que tinha, até porque nunca foi socialismo nem comunismo verdadeiros, não vai ser o MST que irá reanimá-lo.

Além disso, as instituições que amparam o capital, como o Estado de Direito e a segurança jurídica, estão muito fortes. É risível achar que o MST tenha poderes para nos impor pela violência "o socialismo do século 21". Sob as barbas de Lula? Do presidente que mais benefícios trouxe ao nosso capitalismo tupiniquim, e que você, não sei por que, vê como inimigo e tanto critica?
Se você é um autêntico defensor da 'segurança jurídica' garantida pelo Estado de Direito e por essa "democracia real" que aí está, deveria, para ser coerente, passar a defender o MST, em vez de execrá-lo e condená-lo. Afinal, todas as Cartas Magnas dos países de primeiro mundo, inclusive a brasileira, determinam que o direito de propriedade deva ser estendido a todos, não importam a cor, o sexo, a religião... Não é isso (o direito de propriedade estendido a todos os militantes) o que o MST mais reivindica?

Se for para respeitar meeeeeesmo o direito de propriedade, por que não escrever livros e artigos propugnando, por exemplo, a devolução, às populações que aqui viviam, dos territórios ocupados pela colonização? Por que não lutar pela extensão desse direito a todos os que ainda lutam pelo seu quinhão, como fazem o MST e milhões de brasileiros sem teto e sem terra? Não é o que prescrevem o Estado de Direito e a democracia? Não defendo o MST. Não o vejo como movimento inteligente, ainda que autêntico. Não é apropriado, nesta hora, acirrar os ânimos com invasões que não chegam a despertar o mundo para as necessárias mudanças nem abalam a estrutura social, levando apenas a uma sofisticação ainda maior do aparato repressivo montado pelo Estado de Direito.

Mas entendo e aceito o movimento.
É direito seu lutar pela propriedade privada, contra o MST, nem dá para se opor a isso. Mas você precisa ter consciência do que faz, do que essa sua luta verdadeiramente significa e representa. Há que ter ao menos uma noção correta do Estado de Direito, da segurança jurídica, das instituições, de você mesmo.

Abraços, Tom Capri.

segunda-feira, 4 de janeiro de 2010

A MELHOR NOTÍCIA DO DIA:



SOUNDGARDEN VAI VOLTAR


Uma das principais bandas representantes do movimento Grunge norte-americano está de volta para a alegria de seus fãs. A banda já havia dado sinais de que ia se reunir novamente, após vários encontros de seus membros para alguns pockets shows, mas finalmente, o vocalista e lider da banda postou em seu Twitter: "A pausa de 12 anos acabou e a escola está de volta as aulas. Os cavaleiros da Mesa de Som cavalgam juntos novamente";

Chris Cornell ainda aproveitou e deixou o endereço do novo site onde os fãs podem acompanhar noticias da banda:
http://soundgardenworld.com/





O Plantão mais longo do mundo

Parecia que não teria mais fim esse plantão de fim de ano. Foi quase uma semana de trabalho intenso que, por vezes, passaram das 14 horas a jornada na TV. Os estragos que as chuvas causaram principalmente no Sudeste fizeram com que a cobertura jornalística se estendesse ainda mais. O clima ficou pesado: as notícias que vinham do Rio de Janeiro eram as piores possíveis e a tragédia de Angra dos Reis foi sentida por toda a brava equipe da Band que não cessou em trabalhar muito para levar o que tínhamos de melhor ao nosso telespectador.

Mas o plantão foi gigantesco, acabou há poucas horas somente. Tenho pra mim que essa estória de escala nunca dá certo. A gente jamais consegue se divertir ou descansar na mesma proporção do árduo trabalho. Porém, para mim que tenho familiares fora de São Paulo essa é uma das raríssimas datas em que posso estar com eles, ainda que rapidamente. Mas, diante de tanto trabalho como foi esse plantão, fico com a certeza de que nunca vale a pena. De todo modo, já estamos esperando o carnaval para poder descansar um pouco deste que foi o plantão mais longo do mundo.

domingo, 3 de janeiro de 2010


PARECIA HISTÓRIA DAS MIL E UMA NOITES COM DIREITO A TAPETE VOADOR E TUDO MAIS: PARA PROMOVER O TORNEIO DE TÊNIS QUE COMEÇA HOJE EM DOHA, NO QATAR, OS ÁRABES INOVARAM E MONTARAM UMA QUADRA DE TÊNIS QUE FICOU SUSPENSA NO AR E QUE PARECIA UM GRANDE TAPETE VOADOR.
O SUÍÇO ROGER FEDERER, NUMERO UM DO RANKING DA ASSOCIAÇÃO DOS TENISTAS PROFISSIONAIS, ENFRENTOU NA BRINCADEIRA O ESPANHOL RAFAEL NADAL, NUMERO DOIS DA ATP.